Presidente do PS/Açores elogia "magistral exercício da política"
10 de set. de 2021, 15:29
— Lusa/AO online
“É
uma perda imensa para Portugal. Pelo seu percurso, por uma vida de
serviço às causas da Democracia, Liberdade e Cidadania, o
desaparecimento de Jorge Sampaio deixa o país mais pobre em exemplos e
testemunhos de magistral exercício da política”, afirmou Vasco Cordeiro,
citado num comunicado do PS/Açores a propósito da morte do antigo
Presidente da República.Para
o ex-presidente do Governo Regional açoriano, Sampaio “foi um dos
exemplos de que a política, com combatividade e com compromissos, é
também feita com princípios, com valores e com respeito”“Deixou-nos um camarada e amigo generoso, um homem que serviu o país com grande sentido do interesse público”, assinalou.Para
Vasco Cordeiro, “não deve ser esquecido” o contributo do antigo
Presidente da República “para a revisão da Constituição Portuguesa em
2004, que permitiu reforçar os poderes dos parlamentos das Regiões
Autónomas”. “Foi um amigo das autonomias”, sublinhou o socialista.No
comunicado, o PS dos Açores “presta uma sentida homenagem ao camarada
Jorge Sampaio, pela sua dedicação e apego aos valores socialistas,
endereçando à sua família e aos seus mais próximos, bem como a todos
quantos tiveram a oportunidade de privar com ele, na vida pessoal ou
profissional, sentidas condolências”.O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.Antes
do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do
princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de
contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido
presos políticos durante a ditadura.Jorge
Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara
Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).Após
a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo
secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a
Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante
da ONU para a Aliança das Civilizações.Atualmente
presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si
em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência
académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens
sem acesso à educação.