“Não roubei, furtei ou fugi com o computador” nem “agredi ninguém”
TAP
18 de mai. de 2023, 09:17
— Lusa/AO Online
“Não roubei,
furtei ou fugi com o computador que me foi adstrito pelo Ministério das
Infraestruturas. Não parti o vidro com a bicicleta ou com qualquer outro
objeto. Estas acusações […] são falsas, injuriosas e difamatórias”,
afirmou o ex-adjunto exonerado por João Galamba, na comissão de
inquérito à TAP.Relativamente às acusações
de agressão, Frederico Pinheiro também as negou: "Não agredi ninguém,
apenas me libertei em legítima defesa de quatro pessoas que me
empurraram e puxaram e me tentaram tirar a mochila. Fui eu que chamei a
polícia para abandonar o edifício onde me tinham sequestrado”.O
ex-adjunto, que sublinhou ter trabalhado durante seis anos para três
governos de António Costa, disse ainda que se vai defender das acusações
nas instâncias judiciais próprias.
“Em momento algum me foram solicitadas as notas” mas sabiam da existência
O ex-adjunto de João Galamba disse hoje que “em momento algum” lhe
pediram as notas da reunião preparatória de janeiro com ex-CEO da TAP,
mas "sabiam da sua existência”, e revelou um "apagão" às mensagens do
telemóvel.“Em momento algum me foram
solicitadas as notas [da reunião preparatória], sendo certo que sabiam
da sua existência”, afirmou Frederico Pinheiro na comissão de inquérito à
TAP, referindo-se a uma reunião em 05 de abril, para abordar o tema da
reunião preparatória do grupo parlamentar do PS com a ex-presidente
executiva (CEO) da TAP, em janeiro.Naquele
momento, disse o ex-adjunto, foi comunicada a existência de notas, como
sempre tirava, e que se tratava de um documento informal, “com
gralhas”.“A dr. Eugénia Correia, que me
pareceu desconhecer a reunião de 16 janeiro [entre o ministro João
Galamba e a ex-CEO, Christine Ourmières-Widener] indicou claramente que
não seria revelada a existência da reunião entre o ministro e a então
CEO e indicou ainda que em caso de requerimento da comissão parlamentar
de inquérito as notas não seriam entregues”, afirmou Frederico Pinheiro.Maria
Eugénia Correia, chefe de gabinete de João Galamba, pediu então todas
as comunicações entre Frederico Pinheiro e a ex-CEO da TAP, mas o
ex-adjunto informou-a de que tal não era possível, uma vez que a gestora
tinha a opção de apagar automaticamente as mensagens no Whatsapp ao fim
de alguns dias.Segundo Frederico
Pinheiro, Maria Eugénia Correia ordenou uma intervenção no telemóvel do
ex-adjunto, que, segundo o inquirido, resultou num “apagão” das
mensagens no equipamento.