Autor: Lusa/AO Online
Segundo os documentos a que a agência Lusa teve acesso, os valores para o próximo ano, que são superiores em 65 milhões de euros relativamente aos de 2025, destinam 79,6 milhões de euros de investimento público para serviço público de transporte aéreo e marítimo interilhas, 66,4 milhões de euros para eficiência energética e energias renováveis, 62,5 milhões de euros para execução do Plano de Recuperação e Resiliência e 50,9 milhões de euros para modernização, construção e gestão de infraestruturas.
A verba de 49,5 milhões de euros é dirigida à recuperação dos efeitos da intempérie Lorenzo ao nível de infraestruturas portuárias e de mercadorias e 17,9 milhões de euros destinam-se a infraestruturas e equipamentos portuários e aeroportuários.
Estão previstos investimentos no aeroporto do Pico (melhoria da operacionalidade e segurança, destacando-se a aquisição de uma viatura de combate a incêndios), no aeródromo da ilha de São Jorge (melhoria da operacionalidade e segurança, aquisição de viatura de combate a incêndios e remodelação das instalações sanitárias da aerogare), no aeródromo da ilha Graciosa (melhoria da operacionalidade e segurança e aquisição de viatura de combate a incêndios) e no aeródromo do Corvo (melhoria da operacionalidade e segurança, destacando-se a substituição da vedação da pista).
Em várias marinas e portos da região estão também contempladas intervenções, assim como em vias rodoviárias regionais, a criação de circuitos logísticos terrestres e a execução de intervenções em edifícios escolares e hospitais e centros de saúde, entre outros.
“A promoção da eficiência energética na sociedade e nos vários setores de atividade, com vista à racionalização do consumo de energia e redução de custos com a energia” e o “incentivo à aquisição de equipamentos de produção de energia elétrica e calorífica obtida a partir de fontes renováveis, essencialmente destinados ao autoconsumo, por parte das famílias, das empresas, das cooperativas, das associações sem fins lucrativos e das Instituições Particulares de Solidariedade Social”, são também prioridades.
O financiamento de investimentos no âmbito do RePowerEU “para incentivar a aquisição e instalação de sistemas de armazenamento complementares aos sistemas fotovoltaicos financiados pelo SOLENERGE” e a implementação do Plano para a Mobilidade Elétrica nos Açores (PMEA), “enquanto opção estratégica da política energética e ambiental, atento o seu importante papel para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável, a descarbonização da economia, a mitigação dos efeitos das alterações climáticas e a melhoria da eficiência energética”, são outras das medidas que constam nos documentos.
No turismo, o Governo Regional aposta na promoção sustentável do destino Açores e no desenvolvimento da estratégia para a sustentabilidade do destino turístico Açores, de acordo com o Plano Estratégico e de Marketing do Turismo dos Açores (PENTA) 2030.
As antepropostas de Plano e Orçamento dos Açores para 2026 definem como “desiderato inapelável” a execução dos fundos comunitários e preveem um investimento público global de 1.191 milhões de euros, 990,9 de execução direta do Governo Regional.
Os documentos foram enviados na terça-feira pelo Governo dos Açores aos Conselhos de Ilha e ao Conselho Económico e Social, sendo a data-limite para entrega na Assembleia Regional 30 de outubro.
O Plano e Orçamento dos Açores para 2026 vão ser discutidos e votados em novembro na Assembleia Regional.