O plano de insolvência do Clube Desportivo Santa Clara que devia ter sido apresentado até oito dias antes da assembleia de credores, só ontem, segunda-feira, chegou às mãos dos principais credores do clube encarnado.

Por esse motivo, o advogado do BANIF, o maior credor do Santa Clara, pediu o adiamento da assembleia.

Em declarações aos jornalistas no final da sessão, o administrador de insolvência Manuel Bacalhau explicou as razões do adiamento, e fez questão de sublinhar a confiança que a atual direção do Santa Clara lhe inspira.

"A Assembleia foi adiada porque o BANIF ainda não tinha instruções de voto por parte da administração. No entanto, o objetivo é apresentar um plano de insolvência que venha a viabilizar o clube Santa Clara, atento que a atual atividade do clube estar a apresentar valores positivos, com francas possibilidades de fazer face ao endividamento acumulado em anos anteriores", explicou.

Apesar do passivo do Santa Clara rondar os 7 milhões de euros, dos quais 4 milhões pertencem ao BANIF, Manuel Bacalhau mostrou-se esperançoso que os credores aprovem o plano de insolvência.

"Havendo capacidade para fazer face ao endividamento, como está a verificar-se, penso que os credores estarão abertos a ser ressarcidos dentro da atividade do clube", admitiu.

A Assembleia de Credores seguiu-se à Assembleia Geral Extraordinária que se realizou na noite de terça-feira, onde foram aprovadas as contas das épocas 2010/11 e 2011/12.