Autor: Lusa/AO online
“Os
Açores têm que focalizar nos produtos em que têm qualidade, não pode
ser por via da quantidade, de maneira nenhuma, encontrando boas
estratégias para entrar nesses mercados através de importadores, sendo
ainda de muito interesse explorar o setor de distribuição nacional”,
declarou à agência Lusa João Aguiar Machado,
à margem da
conferência "A política comercial da União Europeia", organizada pelo
Açoriano Oriental e onde foi o palestrante.
O diretor-geral da UE exemplificou com o acordo da UE negociado com a Columbia, de que foi negociador por parte de Bruxelas, ao abrigo do qual a empresa Jerónimo Martins conseguiu entrar no mercado com supermercados, sendo “muito mais viável” aos exportadores dos Açores associarem-se a uma cadeira portuguesa do que encontrarem parceiros sozinhos.
João Aguiar Machado frisou que os Açores têm que se focalizar, devido à produção limitada, nos mercados em que a região tem maior capacidade, considerando que “grande parte desta caminhada ainda está por fazer” no arquipélago.
“Espero, por exemplo, que no Acordo Económico e Comercial Global (CETA) entre a UE e o Canadá, porque os Açores têm uma relação privilegiada com aquele país, as pessoas sintam uma proximidade maior”, declarou, acrescentando que, por exemplo, mercados como a Coreia do Sul e Japão são “muito exigentes e longe do radar das ilhas”.
De acordo com a UE, o comércio de bens e serviços “contribui significativamente para potenciar o crescimento sustentável e criar empregos”.
Mais
de 30 milhões de empregos na UE dependem das exportações para fora da
União, prevendo-se que 90% do crescimento mundial futuro se verificará
fora das fronteiras da Europa.