Zimbabué recebeu 200.000 vacinas doadas pela China
Covid-19
15 de fev. de 2021, 13:37
— Lusa/AO Online
“O
primeiro lote de vacinas para o Zimbabué foi entregue com sucesso -
começamos a vacinar os zimbabueanos esta semana”, disse o Presidente do
Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, numa mensagem publicada na sua conta da
rede social Twitter. “Quanto mais depressa
o nosso país estiver protegido contra este vírus, mais depressa a
economia do Zimbabué pode florescer”, acrescentou Mnangagwa. A
televisão estatal acompanhou em direto a descarga das caixas contendo
as vacinas Sinopharm, que chegarem ao aeroporto de Harare após um voo
noturno a partir de Pequim. O embaixador da China em Harare, Guo Shaochun, disse que a doação estava de acordo com a “amizade dedicada” dos dois países. O
Zimbabué é um dos três países africanos, incluindo o Egito e a Guiné
Equatorial, que até agora beneficiaram de uma primeira vaga de doações
de vacinas chinesas aos países em desenvolvimento. Os
trabalhadores da saúde, funcionários da imigração e pessoal das casas
funerárias estarão entre os primeiros zimbabueanos a serem vacinados. O
país quer vacinar pelo menos 10 milhões dos seus 15 milhões de pessoas
para alcançar a chamada “imunidade de grupo”, embora ainda não sejam
claros os pormenores sobre como atingir esse ambicioso objetivo. O ministro das Finanças do Zimbabué, Mthuli Ncube, disse hoje que o país vai comprar pelo menos 1,8 milhões de vacinas à China. Harare
também se inscreveu para receber mais de 1,1 milhões de vacinas através
da Covax, uma iniciativa desenvolvida pela Coligação para a Inovação na
Preparação contra Epidemias (CEPI), a Aliança Global para as Vacinas
(GAVI) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) que trabalha para um
acesso equitativo à vacina em todo o mundo. Também espera obter mais três milhões de injeções através de uma plataforma da União Africana (UA). Os
países africanos, com pouco músculo financeiro e dependentes de vacinas
desenvolvidas fora do continente, são lentos a vacinar as suas
populações e espera-se que as doses comecem a chegar em maiores
quantidades em finais de 2020 e 2021. O
Zimbabué, tal como outros países africanos, registou inicialmente um
baixo número de casos de covid-19, mas recentemente sofreu um surto que
começou a alarmar a elite política.