Zelensky reclama rapidez nas decisões para ajudar a Ucrânia
18 de jan. de 2023, 17:53
— Lusa
Zelensky,
numa intervenção por videoconferência no Fórum Económico Mundial, que
decorre em Davos, na Suíça, deu como exemplo a relutância da Alemanha em
autorizar a entrega de tanques “Leopard” ao país.“A
tirania avança com maior velocidade do que as democracias. A
mobilização do mundo deve ser mais rápida do que a próxima mobilização
militar do nosso inimigo comum", insistiu."A
Rússia precisou de menos de um segundo para começar a guerra. O mundo
precisou de dias para reagir com as primeiras sanções", lamentou,
lembrando também os tempos no passado em que o mundo tinha "hesitado" em
reagir a ações "sem hesitação" por parte de Moscovo, como a ocupação da
Crimeia.A pressão aumentou nos últimos
dias sobre o chanceler alemão, Olaf Scholz, para autorizar rapidamente a
entrega à Ucrânia dos poderosos tanques de combate ‘Leopard’.Qualquer envio de material de guerra fabricado na Alemanha tem de receber “luz verde” de Berlim. Terça-feira, os líderes políticos finlandeses, lituanos, polacos e britânicos pediram novamente uma decisão rápida.Na
sua intervenção em Davos, Scholz, que falou antes de Zelensky, não fez
qualquer referência ao assunto numa altura em que faltam dois dias para
uma reunião crucial de países ocidentais sobre ajuda à Ucrânia, que se
realizará sexta-feira na base militar norte-americana em Ramstein, na
Alemanha.Durante uma sessão de perguntas e
respostas no final do discurso, Scholz foi explicitamente questionado
sobre o envio dos tanques Leopard para a Ucrânia, mas foi evasivo.“Não
estamos apenas a apoiar a Ucrânia com meios financeiros e ajuda
humanitária, mas também com muitas armas”, limitou-se a responder
Scholz, sem nunca pronunciar a palavra “tanques”.Logo
no início do discurso em Davos, Zelensky também pediu um minuto de
silêncio pelas vítimas da queda de um helicóptero militar próximo de um
infantário em Kiev.O helicóptero
transportava o ministro do Interior ucraniano, Denys Monastyrsky, que
morreu no acidente, tal como o vice-ministro e o secretário de Estado.Segundo
os dados mais recentes, no acidente, que está a ser investigado, pelo
menos 18 pessoas morreram, incluindo três crianças.Outras 29 pessoas, incluindo 15 crianças, ficaram feridas.