Biden
vai anunciar uma “ajuda significativa” dos Estados Unidos à Ucrânia
para permitir ao país europeu “defender-se contra a agressão russa”,
disse a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, citada pela
agência francesa AFP.Uma fonte da
administração norte-americana que pediu para não ser identificada,
citada pela AFP, disse que a ajuda incluirá uma bateria de mísseis
Patriot, um equipamento avançado de defesa aérea.A
porta-voz da Casa Branca disse que a visita de Zelensky confirma que os
Estados Unidos irão apoiar a Ucrânia “durante o tempo que for
necessário”.“O Presidente Biden aguarda
com expectativa a chegada do Presidente Zelensky à Casa Branca hoje, 21
de dezembro”, acrescentou Karine Jean-Pierre.Trata-se da primeira viagem de Zelensky ao estrangeiro desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.Segundo
um comunicado divulgado pela Presidência ucraniana, Zelensky vai
discutir com Biden “a cooperação abrangente entre os dois países, em
particular no que respeita ao reforço da capacidade de resistência e
defesa da Ucrânia, apoiando a sua soberania e restaurando a integridade
territorial”.Além do encontro com Biden e
do discurso no Congresso, numa sessão conjunta da Câmara dos
Representantes e do Senado, Zelensky “realizará uma série de reuniões
bilaterais”, acrescentou a Presidência ucraniana.A
viagem foi preparada sob “sigilo absoluto” e com grande preocupação
pela segurança de Zelensky, noticiou hoje o jornal norte-americano The
New York Times (NYT), citado pela agência espanhola EFE.Altos
funcionários da administração norte-americana, que falaram ao jornal na
condição de não serem identificados, disseram que a Casa Branca estava
ansiosa por organizar a viagem de Zelensky, mas não ignorou que “os
riscos envolvidos numa tal visita eram elevados”.Dado
que a Ucrânia está envolvida numa guerra com a Rússia, o planeamento da
viagem foi “levado a cabo sob sigilo absoluto”, disseram as fontes
oficiais ao NYT.Um
alto funcionário da administração norte-americana disse num telefonema
com jornalistas que Biden não irá à reunião de hoje “com uma mensagem
que tente pressionar ou empurrar Zelensky de qualquer forma para a mesa
de negociações” para procurar uma saída diplomática para a guerra com a
Rússia. O funcionário, que também falou
sob a condição de não ser identificado, segundo a EFE, disse ainda que a
Rússia não deu qualquer indicação de que estava disposta a participar
de boa-fé em conversações sobre o fim da guerra. Zelensky
falou ao Congresso dos Estados Unidos em 16 de março, por
videoconferência, tendo pedido na altura que a Rússia fosse sancionada
por ter invadido a Ucrânia. Essa
intervenção ocorreu depois de Biden ter assinado um projeto de lei que
previa ajuda militar e humanitária para a Ucrânia e países do flanco
oriental da NATO no valor de 13.600 milhões de dólares (mais de 12.800
milhões de euros, ao câmbio atual).