Zelensky insiste em Londres sobre levantamento das restrições ao uso de armas ocidentais
19 de jul. de 2024, 15:56
— Lusa/AO Online
O
Presidente ucraniano foi o primeiro líder estrangeiro a dirigir-se
presencialmente num Conselho de Ministros do executivo britânico desde
1997, quando o primeiro-ministro trabalhista Tony Blair convidou o então
chefe de Estado norte-americano Bill Clinton.Saudado
de pé pelos ministros britânicos, Volodymyr Zelensky pediu ao atual
primeiro-ministro, o também trabalhista Keir Starmer, que “mostre
liderança” para que o Reino Unido e os outros aliados de Kiev “levantem
as restrições” aos ataques em solo russo com recurso a armas ocidentais.Vários países da NATO impõem restrições à utilização das armas que fornecem à Ucrânia, nomeadamente mísseis de longo alcance.Alguns
opõem-se a que sejam utilizados para atingir alvos em solo russo, ou
apenas permitem que sejam apontados a determinados alvos específicos na
periferia do território russo.“Precisamos
deste passo, um passo que obrigue a Rússia a procurar a paz”, frisou
Volodymyr Zelensky, a propósito da invasão russa do território
ucraniano, iniciada em fevereiro de 2022.Na
semana passada, antes da cimeira da NATO, que decorreu em Washington,
Keir Starmer reiterou a posição britânica de que a Ucrânia deveria
utilizar os mísseis fornecidos pelo Reino Unido para atingir alvos
russos “com fins preventivos”.Também hoje
Keir Starmer e Volodymyr Zelensky assinaram um acordo destinado a
reforçar as capacidades industriais de defesa do Reino Unido e da
Ucrânia e a aumentar a produção de equipamento militar e armamento.Zelensky
esteve no Reino Unido para participar numa reunião da Comunidade
Política Europeia que decorreu na quinta-feira perto de Oxford.A
Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados
ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de
2022.Os aliados de Kiev também têm
decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar
diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na
Ucrânia.