Zelensky diz que o seu “plano para a vitória” está “totalmente” pronto
Ucrânia
19 de set. de 2024, 11:05
— Lusa/AO Online
No seu discurso diário à nação, Zelensky defendeu que “o mais importante agora é a determinação de implementar” esse plano.“Não
há e não pode haver qualquer solução alternativa à paz, nenhum
congelamento da guerra ou outras manipulações que apenas deslocariam a
agressão russa”, sublinhou.Segundo Zelensky, “todos os pontos e todos os aspetos essenciais” do plano, cujo conteúdo ainda não revelou, estão prontos.Na
semana passada, o Presidente ucraniano indicou que iria encontrar-se
com Joe Biden em setembro para lhe apresentar “um plano para a vitória”
da Ucrânia contra a Rússia.Declarou,
então, que se tratava de um “conjunto de soluções interligadas que darão
à Ucrânia poder suficiente, coisas suficientes para colocar esta guerra
no caminho para a paz”.Em dificuldades no
terreno, perante uma vasta ofensiva russa no leste do país, a Ucrânia
pediu ao Ocidente que a autorize a atacar alvos militares em solo russo e
a ajude a abater mísseis apontados ao seu território, mas os
norte-americanos e os europeus temem que isso possa levar Moscovo a uma
escalada do conflito e a um confronto direto.Zelensky
decidiu que Kiev apresentará em novembro o seu plano para acabar com a
guerra, numa cimeira de paz para a qual a Rússia será convidada.A
Rússia invadiu a Ucrânia com o argumento de proteger as minorias
separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho,
independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética -
e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a
aproximar-se da Europa e do Ocidente.A
guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os
lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande
escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo
que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da
fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.Já
no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se
com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas
promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a
concretizar-se.Nas últimas semanas, as
tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguiram o seu
avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na
região de Kursk.As negociações entre as
duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022,
com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma
parte do seu território.