Zelensky diz em Bruxelas que UE é "o caminho para casa"
Ucrânia
9 de fev. de 2023, 12:23
— Lusa/AO Online
Depois
de ser aplaudido por todo o plenário do Parlamento Europeu, Volodymyr
Zelensky disse que a Ucrânia partilha “o modo de vida europeu” com os
restantes 27 Estados-membros.“Esta é a
nossa Europa, estas são as nossas regras, este é o nosso modo de vida
[…], e é o caminho para casa. Estou aqui hoje para defender o caminho
para casa da nossa população, de todos os ucranianos, de todas as
idades, de todas as orientações políticas, de todos os estratos sociais,
de todas as convicções religiosas, todos partilhamos esta história
europeia comum”, sustentou.Zelensky acusou
Moscovo de querer “aniquilá-la com uma guerra total”, acabar “com o
modo de vida de 27 países”, mas afirmou que a Ucrânia “não vai
permiti-lo”.“Esta guerra total não é por
um território nesta ou naquela parte da Europa”, advertiu, acrescentando
que na Rússia "há um ditador, com imensos recursos e reservas de
armamento soviético e de outros regimes ditatoriais, em específico o
Irão”.Zelensky apontou o dedo a Moscovo,
que, “cinicamente, ano após anos, quer destruir valores, como o da vida
humana, que foi destruído pelas autoridades” da Federação Russa:
“Ninguém é valioso para eles, a não ser quem está no Kremlin. 140
milhões de pessoas para eles são apenas corpos capazes de carregar armas
[…], para que todos continuem obedientes”, acusou.“É a supremacia da obediência”, acrescentou, de um Governo que “investe na xenofobia e quer normalizá-la”.E
a “resposta para isso é um 'não'”, prosseguiu o Presidente da Ucrânia,
que deixou também um recado a todos os que o escutavam: “As
pré-condições para os nossos sonhos são a paz e a segurança.”“Se
vencer, essa força antieuropeia vai acabar com isso tudo. Só a nossa
vitória vai impedir isso tudo e tem de ser obrigatória”, completou.Durante
o discurso, Volodymyr Zelensky enunciou vários profissionais, desde
jornalistas, agricultores, médicos, militares, forças de segurança,
socorristas, entre outros, e agradeceu-lhes pelo auxílio que prestaram à
população da Ucrânia que desde 24 de fevereiro encontrou refúgio da
guerra noutros países.“A Europa nunca
dependeu de políticos e isso não pode ser a ilusão agora. Todos nós
interessamos, todos somos fortes, todos somos capazes de influenciar o
nosso resultado comum, a nossa vitória comum”, defendeu.