Autor: Lusa/AO Online
“Foi a nossa primeira conversa, mas já foi muito calorosa e muito construtiva”, afirmou Zelensky nas redes sociais, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Zelensky disse que convidou o Papa a visitar a Ucrânia, um país com uma população maioritariamente ortodoxa, mas onde a Igreja Greco-Católica tem cerca de cinco milhões de seguidores.
“Esta visita traria uma verdadeira esperança a todos os crentes, a todo o nosso povo”, afirmou o líder ucraniano.
Zelensky disse que agradeceu a Leão XIV o apoio à Ucrânia e a todo o povo ucraniano.
“Apreciámos muito as palavras de Sua Santidade sobre a necessidade de alcançar uma paz justa e duradoura para o nosso país e a libertação dos prisioneiros”, referiu.
Na primeira oração dominical a partir da varanda da Basílica de São Pedro, o Papa Leão XIV, eleito na semana passada, apelou às “grandes nações do mundo” para que acabassem com a guerra e pediu uma paz justa e duradoura na Ucrânia.
“Trago no meu coração o sofrimento do querido povo ucraniano”, afirmou, pedindo que todos os prisioneiros fossem libertados e que as crianças pudessem regressar às famílias.
Zelensky disse que “conta com a ajuda do Vaticano” no regresso de milhares de crianças enviadas por Moscovo para a Rússia a partir das zonas ocupadas da Ucrânia.
O Vaticano já tinha desempenhado o papel de mediador na troca de prisioneiros e no repatriamento de crianças ucranianas durante o pontificado do Papa Francisco, que morreu no final de abril.
Mas o antecessor de Leão XIV deixou um legado amargo na Ucrânia, sobretudo depois de ter apelado a Kiev para que erguesse “a bandeira branca” contra os russos invasores e por nunca ter condenado claramente Moscovo pela invasão da Ucrânia.
Francisco nunca visitou a Ucrânia ou a Rússia.
O único pontífice que visitou a Ucrânia foi o polaco João Paulo II, em 2001.