W52-FC Porto entre nove equipas que pediram inscrição como Continentais em 2023
28 de set. de 2022, 12:57
— Lusa/AO Online
Com
todos os ciclistas com contrato em 2022 suspensos, à exceção de Amaro
Antunes, vencedor da Volta a Portugal em 2017, 2020 e 2021, a estrutura
dos ‘dragões’ formalizou a intenção de seguir no pelotão, mesmo tendo
falhado a Volta em 2022 após um ‘escândalo’ de doping.A
lista inclui oito das nove equipas lusas que participaram na Volta este
ano, com a Glassdrive-Q8-Anicolor, do vencedor Mauricio Moreira, à
cabeça.Completam a lista a ABTF
Betão-Feirense, a Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel, a Efapel, a
Kelly-Simoldes-UDO, a LA Alumínios-Credibom-Marcos Car, a Rádio
Popular-Paredes-Boavista e a Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados, sem a
equipa de Loulé.“A decisão quanto às
equipas admitidas para a época 2023 será tomada em reunião de direção
convocada para o efeito. (...) A decisão será anunciada e comunicada aos
clubes até ao dia 04 de outubro de 2022”, pode ler-se no comunicado da
FPC.O escalão Continental é o terceiro sob
a alçada da União Ciclista Internacional (UCI), acima das equipas de
clube, e rege-se por regras específicas que foram atualizadas em
setembro, anunciou a FPC, com vista a endurecer a luta antidopagem.Amaro
Antunes, três vezes vencedor da Volta a Portugal (2021, 2020 e 2017), é
o único ciclista da formação com contrato em 2022 que não está impedido
de correr, depois de várias suspensões a título preventivo no âmbito da
operação ‘Prova Limpa’, da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP),
afastando a equipa da edição deste ano que vinha a dominar na última
década.Em 15 de julho, oito ciclistas e
dois elementos do ‘staff’ da W52-FC Porto foram suspensos
preventivamente, enquanto decorria o Grande Prémio Douro Internacional,
que foi conquistado por José Neves, único representante da equipa e que
continuou em prova.Antes, no final de
abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o
diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como
o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação ‘Prova Limpa’, a
cargo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.A 15 de setembro, a FPC anunciou novas regras para o registo de formações
Continentais, incluindo passaporte biológico para todos os ciclistas e
detalhando que “nenhum membro da equipa técnica ou ciclista poderá ter
licença desportiva (...) se for arguido em processo-crime por violação
de normas antidopagem ou se tiver sido condenado disciplinarmente por
violação” dessas mesmas normas.As
candidaturas terão de incluir “um dossiê com o histórico de casos de
violação das normas antidopagem por elementos da equipa nas últimas 10
épocas desportivas”.A inibição de licença
desportiva por alguém ligado à formação ser constituído arguido ou ter
sido condenado “cessa caso se verifiquem cumulativamente” vários
fatores: uma condenação apenas uma vez pelas referidas violações de
regras antidoping, ter sido uma sanção de menos de dois anos de
suspensão, e terem passado cinco anos entre esta violação e a data de
início de atividade, no caso 01 de janeiro de 2023.Além
das novas regras, também é exigido “um esforço financeiro acrescido”,
com uma taxa de 500 euros por ciclista de elite no plantel pago pelas
equipas, com a FPC a assumir as custas com corredores sub-23, e uma
atualização dos salários mínimos anuais para corredores inscritos.