Vitorino Silva diz que democracia precisa de ser vacinada
Presidenciais
11 de jan. de 2021, 13:11
— Lusa/AO Online
O candidato e fundador do
partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) cumpriu hoje o segundo de
campanha oficial com uma dádiva de sangue no Hospital de São João, no
Porto.“Nem tenho medo de seringa, nem de
vacinas. Também sou candidato para curar a democracia, a democracia
neste momento precisa de ser vacinada”, afirmou Vitorino Silva,
conhecido como Tino de Rans.Referiu ainda
que “alguns provincianos de Lisboa” não queriam que tivesse “voz, vez e
lugar” e que “quiseram calar gente que tem voz, gente que fala por
todos”.“Para o cargo de Presidente da
República qualquer um pode ser candidato, é o único cargo que quem passa
o alvará é o povo e eu se estou aqui foi porque o povo me deu o alvará
para poder ser candidato. Quiseram-me calar por má fé”, sublinhou.O
ministro da Administração Interna apresentou no domingo as regras para
as eleições presidenciais, como o alargamento do voto antecipado em
mobilidade e o voto antecipado para idosos confinados em lares. Vitorino Silva aproveitou para alertar para eventuais “golpadas”, temendo que “haja muita gente que vote pelos idosos”.“Eu
acho que é um erro e no dia, vamos ver, de certeza que vai haver muitas
golpadas quando as pessoas forem nos lares e os diretores dos lares
gostarem do Marcelo, Ana Gomes (…), pode ser que no lar onde haja 80
pessoas apareçam 80 votos iguais”, referiuQuestionado
sobre se acha que os idosos nos lares não deveriam votar, o candidato
frisou que “podem votar”, mas “deviam ser eles a votar”.Para o candidato, “a solução” era “adiar as eleições”, reforçando uma ideia que defende, segundo frisou, desde setembro.“Mesmo
hoje digo, adiar as eleições. Os idosos tiveram presos este tempo todo,
não puderam sair, não puderam sair no Natal, não puderam ter visitas da
família e vão ter agora visitas no dia das eleições, de gente que não é
família só para irem buscar o boletim de voto?”, questionou. E
continuou: “temos que ser responsáveis e responsáveis com tempo, os
políticos têm que pensar as coisas a longo prazo, andaram distraídos,
falhas de principiantes. Os políticos deste país parecem uns
principiantes”.Vitorino Silva disse ainda
ter sido informado, durante uma reunião com a administração do Hospital
de São João, que um pico da pandemia está previsto, precisamente, para a
altura das eleições presidenciais, a 24 de janeiro. “Está na hora de acordar, é preciso acordar para a vida porque é a vida de muita gente que está em jogo”, frisou.Na
iniciativa de campanha realizada hoje, o candidato presidencial fez
questão de dar sangue e um pouco da sua “coragem” para dar um exemplo
aos portugueses que “têm receio” de ir aos hospitais por causa da
pandemia de covid-19.