Visita de Pelosi é “atitude extremamente perigosa” dos EUA
Taiwan
2 de ago. de 2022, 16:40
— Lusa/AO Online
Num
comunicado divulgado pela agência noticiosa oficial Xinhua, o
Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirma condenar
veementemente a visita de Pelosi, que “desconsiderou as severas
advertências” de Pequim, e “envia sinais errados” às “forças
separatistas que procuram a independência de Taiwan”.“[A
visita] é uma grave violação ao princípio de uma só China. […] Tem um
grande impacto nas relações políticas entre a China e os Estados Unidos e
infringe gravemente a soberania e a integridade territorial da China,
prejudicando gravemente a paz e a estabilidade em todo o estreito de
Taiwan”, lê-se no comunicado, que adianta que Pequim já apresentou
“fortes protestos” contra os EUA.“Há
apenas uma China no mundo. Taiwan é uma parte inalienável do território
da China, e o Governo da República Popular da China é o único governo
legal que representa toda a China. Isso foi claramente reconhecido pela
Resolução 2758 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 1971”,
argumenta-se no comunicado.Por outro lado,
a Xinhua noticiou também que o exército chinês vai realizar entre
quinta-feira e domingo exercícios navais militares, que incluem fogo
real, em seis áreas marítimas em redor da ilha de Taiwan.No
comunicado, o Ministério da Defesa chinês observou que, desde a
fundação da República Popular da China, em 1949, 181 países
estabeleceram relações diplomáticas com Pequim “com base no princípio de
uma só China”.“O princípio de uma só
China é um consenso universal da comunidade internacional e uma norma
básica nas relações internacionais”, insistiu.Para Pequim, Taiwan é uma das questões “mais críticas e sensíveis” nas relações bilaterais com Washington.“Este
Governo dos EUA [de Joe Biden] prometeu repetidamente defender a
política de uma só China e parar de apoiar a ‘independência de Taiwan’.
No entanto, as ações e declarações recentes foram no caminho oposto
dessas promessas”, acrescenta-se no comunicado.Nesse
sentido, o Governo chinês insta os Estados Unidos a “cumprir as
promessas”, a “interromper qualquer intercâmbio oficial com a região
chinesa de Taiwan, e a “parar de interferir nos assuntos internos da
China”.“Qualquer tentativa injusta de
reverter a história, tornar Taiwan um problema ou pôr em perigo a
soberania e a integridade territorial da China está destinada ao
fracasso e terá um preço a pagar”, ameaçou.