Visit Azores diz que Ryanair está a fazer “pressão” e que saída não está fechada
Hoje 16:04
— Lusa/AO Online
Com
“este tipo de comunicado da Ryanair, nós, infelizmente, já estamos
habituados. É a forma como fazem a sua pressão negocial dentro das
conversações que vão fazendo nas regiões onde atuam”, afirmou Luís
Capdeville Botelho à agência Lusa.O presidente do
conselho de administração da Visit Azores adiantou que a associação
“mantém o contacto” com a Ryanair e insistiu que a posição da companhia
aérea de baixo custo é uma forma de “fazer pressão” à ANA e ao Governo
da República.“Ainda hoje já tive
oportunidade de falar com eles [Ryanair]. É como lhe disse. É uma forma
de fazer pressão sobre a ANA - Aeroportos relativamente às taxas e ao
Governo central com as taxas que vêm por obrigação da União Europeia.
Nada mais do que isso”, avançou.Luís
Capdeville Botelho lembrou que, em setembro, a Ryanair também emitiu um
comunicado a anunciar a intenção de “reabrir a base em Ponta Delgada” e
realçou que a saída da companhia dos Açores não é um processo
“completamente fechado”.“É apenas uma
forma e uma ferramenta que utilizam na negociação, porque, na verdade,
continua-se a conversar com a companhia. Não está completamente
fechado”, adiantou.Ressalvando tratar-se
“apenas de uma posição negocial”, o responsável pela associação que gere
a promoção turística dos Açores considerou que o mercado tem capacidade
para se “adaptar à procura” mesmo num “cenário mais catastrófico”.Capdeville
Botelho recordou que no inverno em 2023, quando a Ryanair reduziu 65%
da sua operação nos Açores, o arquipélago registou um “crescimento de
dormidas e hóspedes”.“É uma forma de pôr
pressão cá fora. Especialmente nesta altura do ano. Não será inocente o
‘timing’ da comunicação. Acho que não é motivo, neste momento, de real
preocupação. É apenas uma forma de fazer pressão num momento específico
do ano”, reforçou.