Vila Franca do Campo assinalou Dia Municipal para a Igualdade
24 de out. de 2018, 17:15
— Susete Rodrigues/AO Online
Na abertura do evento, a
vereadora com o pelouro da educação, Nélia Alves-Guimarães
explicou que a data é celebrada pela primeira vez no Município de
Vila Franca do Campo e partilhou com alunos presentes algumas
reflexões sobre o que se pretende com o assinalar do Dia Municipal
para a Igualdade.
De acordo com nota de
imprensa, Nélia Alves-Guimarães referiu que “promover a igualdade
é sinónimo de criar uma cultura e práticas que reconheçam,
respeitem e valorizem as diferenças em benefício de todas as
pessoas”.
Na ocasião, a vereador,
adiantou que será levado a aprovação em reunião de Câmara o
Plano para a Igualdade de Género, que vai privilegiar a realização
de vários eventos e iniciativas, “com vista a dar mais
visibilidade a estas questões, pois consideramos que as autarquias
têm um papel crucial no desenvolvimento de políticas locais que
promovam a coesão e um desenvolvimento social sustentável”.
Por seu turno, a
coordenadora da equipa técnica do Comissariado dos Açores para a
Infância, Nélia Amaral, afirmou que uma abordagem relativa à
Igualdade, em sociedade e em termos de direitos, “não passa por
distribuir os mesmos recursos a todas as pessoas, mas sim os recursos
que cada um, individualmente, necessita, respeitado as diferenças
existentes.”
Nélia Amaral referiu que,
na maior parte das vezes os “direitos especiais”, atribuídos às
mulheres, “são deveres disfarçados de direitos, não há que
haver direitos especiais para determinado género, mas sim direitos
iguais, o acesso em igualdade de circunstâncias a empregos, cargos,
etc”, referiu em nota.
Entretanto, a professora
Paula Vieira, que esteve recentemente no Brasil, a convite da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro para falar sobre o projeto
“Filosofia para Crianças” nos Açores, implementado na EBS de
Vila Franca do Campo, deu exemplos da realidade vivida naquele país,
no que respeita à igualdade de direitos e aos Direitos Humanos.
Diz a nota da autarquia
que Paula Vieira recordou o assassinato, no ano passado, da deputada
Marielle Franco, que lutava pelos direitos das minorias, e observou
que os apoiantes de Jair Bolsonaro, candidato à presidência do
Brasil, preferem correr o risco de ceder direitos humanos, em troca
da segurança que sentem não ter atualmente.