Vieira da Silva garante que Raríssimas não teve qualquer favorecimento especial
18 de dez. de 2017, 17:06
— Lusa/AO online
“Não
tive nenhum beneficio da minha passagem temporária pela associação e
ela não foi alvo de nenhum favorecimento”, afirmou Vieira da Silva na
Comissão de Trabalho e Segurança Social, onde está a ser ouvido a pedido
do PS. Na
intervenção inicial, o ministro começou por dizer que o caso da
Raríssimas é “um assunto complexo” e identificou as três questões que
considerou “mais relevantes”. A
primeira questão diz respeito à sua participação na Raríssimas, onde
foi vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas entre 2013 e 2015,
função no âmbito da qual aprovou as contas da associação. “Tendo
eu, como é público, participado num dos órgãos estatutários da
Raríssimas durante dois anos gostaria de reiterar que não retirei
qualquer benefício pessoal ou material dessa participação nesse órgão”,
afirmou o ministro. A
segunda questão diz respeito ao modo como o Ministério do Trabalho, da
Solidariedade e Segurança Social, sob a sua responsabilidade, se
relacionou com a Raríssimas.“A
Raríssimas não foi alvo de nenhum favorecimento especial, particular,
discriminatório quanto à forma como são tratadas as instituições de
solidariedade”, assegurou.“No
considero que tenha havido qualquer negligência da minha parte ou de
qualquer membro do meu gabinete no tratamento de eventuais denuncias que
tenham chegado aos nossos gabinetes nesta área governativa”, disse
ainda.Uma
reportagem divulgada em 09 de dezembro pela TVI deu conta de alegadas
irregularidades nas contas da Raríssimas, tendo apresentado documentos
que colocam a agora ex-presidente da associação, Paula Brito e Costa,
como suspeita de utilizar fundos da Instituição Particular de
Solidariedade Social (IPSS) para fins pessoais.Entre
as irregularidades apontadas, conta-se a compra de vestidos de alta
costura, de bens alimentares caros e o pagamento de deslocações, apesar
de ter um carro de alta gama pago pela Raríssimas. Além disso Paula
Brito e Costa terá também beneficiado de um salário de três mil euros,
de 1.300 euros em ajudas de custos e de um Plano Poupança Reforma que
rondava os 800 euros mensais.Na terça-feira passada tanto Paula Brito e Costa como Manuel Delgado apresentaram a demissão dos cargos.