Vice-presidente do PSD nega qualquer acordo com Chega a nível nacional

Açores/Eleições

8 de nov. de 2020, 12:25 — AO Online/ Lusa

O vice-presidente do PSD acusou o secretário-geral do PS e primeiro-ministro de “desorientação” e disse que António Costa “sabe” que “não é verdade” que haja algum entendimento nacional com o Chega, partido de extrema-direita liderado por André Ventura.Em declarações à TVI, Nuno Morais Sarmento frisou que, na perspetiva da direção do PSD, “estes entendimentos foram em exclusivo pelo PSD regional”.“Nós levamos a autonomia a sério. No entendimento do PSD nacional o que há é uma plataforma política com o PSD, CDS e o PPM” que serão os responsáveis por apresentar um programa de governo.“Essa é a plataforma que será responsável pela condução da política” governativa e por apresentar o programa de governo e, considerou, “era normal que o Chega e a Iniciativa Liberal viabilizassem um governo de direita”.“O PSD não tem nem nunca teve qualquer entendimento com partidos de extremos, ao contrário do PS”, frisou.Questionado sobre se considera que o presidente do PSD, Rui Rio, deve explicações ao país, como defendeu o secretário-geral do PS, Morais Sarmento respondeu: “as explicações que o dr. Rui Rio teria que dar são aquelas que eu estou aqui a dar em nome do PSD”.Interrogado sobre se considera que o Chega é um partido xenófobo, Morais Sarmento disse que o Chega é um partido político "que tem posições xenófobas".O secretário-geral do PS considerou hoje que o PSD "ultrapassou a linha vermelha" ao ter um acordo com o Chega para a viabilização de um Governo nos Açores e defendeu que Rui Rio deve explicações ao país.Estas posições foram assumidas por António Costa no final da Comissão Nacional do PS, tendo ao seu lado o presidente do partido, Carlos César, também antigo líder do Governo Regional dos Açores."A Comissão Nacional do PS salienta o facto da maior gravidade que constitui o PSD ter ultrapassado a linha vermelha de toda a direita europeia democrática ao celebrar um acordo com um partido de extrema-direita xenófoba”, disse.