Vice-presidente do Governo dos Açores quer saúde pública a coexistir com privados
19 de ago. de 2022, 17:43
— Lusa/AO Online
Citado
numa nota divulgada no ‘site’ do Governo Regional dos Açores, Artur
Lima considera que o Serviço Regional de Saúde do futuro deve “servir os
açorianos por igual, privilegiar a humanização dos cuidados ao doente e
corresponder às necessidades dos doentes deslocados, porque são os
doentes a razão da sua existência”. Para o
governante, que esteve hoje presente no encerramento do Fórum Saúde
2030, que decorreu em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, não se pode
“ter hesitações quanto à defesa intransigente do Serviço Regional de
Saúde, o porto seguro não só para muitos açorianos das ilhas mais
pequenas, como também para açorianos das ilhas com hospital” que, por
vezes, necessitam de outro tipo de cuidados no exterior da região.O
Serviço Regional de Saúde, salienta, “tem que ser liderante para servir
os açorianos com equidade, num sistema que coexista em articulação com a
iniciativa privada e social, mas sem olvidar que a resposta pública é –
e deverá continuar a ser – a joia da coroa, no que respeita a cuidados
de saúde”. Assim, as parcerias que poderão
ser estabelecidas entre Serviço Regional de Saúde e setores privado e
social devem acontecer não para satisfazer “as necessidades” destes
últimos, “mas tão só e apenas quando se revele necessário atender às
necessidades dos doentes”, acrescenta Artur Lima.Na
nota, o vice-presidente do Governo Regional dos Açores (de coligação
PSD/CDS-PP/PPM) defende também um Serviço Regional de Saúde “moderno que
assegure aos utentes cuidados de saúde assentes em valores como o
humanismo ou a proteção da dignidade do doente”. “Oferecer
cuidados mais humanizados é tratar com respeito o doente, atendê-lo a
tempo e horas, responder com eficácia às necessidades de tratamento ou
intervenção cirúrgica”, refere.No texto,
Artur Lima deixa ainda um elogio ao trabalho e empenho de todos os
profissionais de saúde e gestores hospitalares, destacando, em
particular, nesta matéria, “o bom exemplo” que tem sido dado pelo
Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, na ilha de São
Miguel.Relativamente à área da
solidariedade social, o responsável destaca as respostas "inovadoras e
diferenciadas" que têm sido desenvolvidas para acompanhar os doentes
deslocados e as respetivas famílias. “São
estes os doentes que sofrem mais e, por isso, deve o Governo dos Açores
continuar atento ao que precisam. Foi o que fizemos já este ano com a
inauguração de uma casa de acolhimento para doentes deslocados no norte
do país”, num investimento de mais de meio milhão de euros, lembra.