Vice-presidente do Governo dos Açores assinala "investimento histórico" nas áreas sociais
22 de nov. de 2022, 11:13
— Lusa/AO Online
“Somos
um governo com preocupações sociais e sensíveis aos anseios das
populações em tempos de excecionalidade”, afirmou Artur Lima, no
plenário da Assembleia Legislativa, durante a apresentação das propostas
de Plano e Orçamento para 2023 nas áreas que tutela, como a
Solidariedade Social, Habitação e Ciência.O
vice-presidente disse que “esta é uma governação comprometida com
soluções duradouras”, pelo que “interromper o percurso feito até aqui
representaria um volte-face” com que os Açores “não se devem confrontar,
ainda para mais nas atuais circunstâncias económicas e sociais”. “Apesar
de quem já teve responsabilidades governativas se cingir à crítica pela
crítica, este Governo responde com determinação”, sustentou. De
acordo com o governante, os beneficiários do COMPAMID - Complemento
para aquisição de medicamentos pelos idosos vão ter “para gastar na
farmácia, em 2023, um ‘plafond’ de 579 euros, quando, em 2019, era de
315 euros”.“Quanto ao complemento regional
de pensão, fica garantido que os idosos no primeiro escalão recebem
perto de 100 euros, em 2023, quando, entre 2016 e 2020, receberam 54
euros”, disse.Para o vice-presidente, “não
há dúvidas: a política social deste governo é mais justa do que a de
anteriores governos regionais”.“O Plano e Orçamento para 2023 prevê um investimento público histórico nas áreas sociais”, assinalou.O
vice-presidente lembrou também que, quando este governo tomou posse, em
novembro de 2020, houve quem dissesse que a solução governativa “teria
pouco tempo de vida”.“Contudo, os
açorianos não partilham essas visões catastrofistas e não se reveem em
narrativas gastas de crítica destrutiva”, afirmou.Quanto
à habitação, o governante adiantou que está previsto, com o apoio do
Plano de Recuperação e Resiliência, “construir 277 moradias e reabilitar
551 habitações do parque habitacional da região até 2025”. No
que respeita à Ciência, o desenvolvimento tripolar da Universidade dos
Açores “vai ser apoiado em 800 mil euros, o que representa um aumento de
450 mil euros face a 2020, último ano de governação socialista”,
acrescentou.Durante o debate, o deputado
independente Carlos Furtado (ex-Chega) reivindicou a “universalidade” do
programa "Nascer Mais", iniciado em 2022 e proposto pelo Chega, com
quem a coligação tem um acordo de incidência parlamentar.A
iniciativa prevê a atribuição de 1.500 euros para gastar em farmácias,
por cada criança nascida nos 12 concelhos do arquipélago com maior
quebra populacional.Artur Lima explicou
que foi necessário determinar “um critério” para a atribuição do apoio,
tendo sido determinado que seria “o despovoamento”.“Começamos por aí e vamos avaliar”, indicou.Pelo
CDS-PP, Rui Martins elogiou o projeto-piloto “Nascer Mais”, admitindo
uma revisão, não só da abrangência da iniciativa, mas também das taxas
de despovoamento.“Este governo está a fazer muito mais do que os senhores propõem”, acrescentou, referindo-se aos deputados do PS.Contudo,
Célia Pereira, do PS, considerou que, apesar do aumento de cerca de 13
milhões de euros no setor social, não se verifica uma estratégia “que
puxe os Açores para cima”.“Os açorianos merecem mais”, alertou.Nídia
Inácio, do PSD, contrapôs que, “em dois anos”, o Governo liderado pelo
social-democrata José Manuel Bolieiro conseguiu “fazer mais pelas
pessoas do que o PS em 24 anos”, ao passo que Paulo Estêvão, do PPM,
enalteceu o “esforço” social feito “numa conjuntura tão difícil”,
elogiando que se tratem “não de medidas temporárias, mas estruturais”.José
Pacheco, do Chega, manifestou-se preocupado com a pobreza entre os
idosos, considerando que o aumento de 15% no complemento de pensão “é
pouco”, tal como “um aumento de 50% seria pouco”.