Vice do partido diz que Ventura tem os “mesmos valores” de Sá Carneiro
Chega/Congresso
27 de nov. de 2021, 22:39
— Lusa /AO Online
“O André Ventura não é o Francisco Sá Carneiro, mas os valores são completamente os mesmos. Eu e o André Ventura somos aquilo que a Aliança Democrática queria para o país, nós somos os herdeiros dessa luz, porque o Chega é um verdadeiro partido dos interesses de Portugal”, disse António Tânger Correa.O vice-presidente do Chega falava no período de declarações políticas, antes de os congressistas rejeitarem a apresentação das recomendações no congresso para serem levadas à direção nacional do partido com 213 votos contra a apresentação, 35 abstenções e 168 votos a favor.Também o presidente do conselho de jurisdição, Rodrigo Alves Taxa, destacou o trabalho do partido, que conseguiu “em dois anos e tal o que qualquer outro partido não conseguiu em mais de 40 anos de democracia”, sendo que essa vitória foi alcançada com “ataques, pressões e perseguições que eles não tiveram.”.“Isso é bem demonstrativo de uma frase de que nem gosto muito, mas também connosco 'o céu é o limite' e certamente não vamos parar. O Chega não é, nunca foi, nem nunca será um partido de extrema qualquer coisa. No máximo, somos de extrema necessidade e o que acontece é que temos alguma imprensa que é extremamente parva”, destacou.Com ataques à comunicação social e ovações em pé, Rodrigo Alves Taxa defendeu que o Chega “não quer sair da Europa”, mas também não quer, não admite e também nunca alinhará numa Europa em que as nações são comandadas pelos burocratas que se sentam em Bruxelas e em vez de se preocuparem com os países que os sustentam, preocupam-se com os interesses que os sustentam a eles próprios”.O responsável não poupou ataques a Paulo Rangel, por, em tempos, ter dito que “Portugal e os portugueses iam desaparecer” e o agora ter "nem que seja o hipotético desejo de ser primeiro-ministro de Portugal”, para se transformar no homem que “quer conduzir Portugal a esse próprio desaparecimento”.“Temos um papel fundamental no dia 30 de janeiro e tenho a certeza de que vamos lá chegar, porque temos o homem certo que nos guiará nesse caminho. Dizem que o Chega é um partido de um homem só, nós não somos um partido de um homem só, somos um partido de um homem único”, defendeu.E apelou a todos, “cada um à sua maneira”, que sejam “também capazes de ser únicos, pelo menos numa coisa, no apoio a dar a um homem único” até às eleições legislativas marcadas para 30 de janeiro de 2022.“Somos um partido único, todos nós somos únicos e temos de o apoiar, temos de nos unir, temos de estar para trabalhar, porque nós não podemos ser mais um partido cheio de importantes chefes máximos com serviços mínimos. Não podemos ser”, disse.O IV congresso do Chega decorre na Expocenter, em Viseu, desde sexta-feira e está previsto terminar no domingo.