Viagens de residentes no 1.º trimestre "ligeiramente acima" dos níveis de 2019
27 de jul. de 2022, 11:26
— Lusa/AO Online
“No
primeiro trimestre de 2022, os residentes em Portugal realizaram 4,7
milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 195,6% (+96,1%
no quarto trimestre de 2021)”, refere o Instituto Nacional de
Estatística (INE).Segundo explica, “esta
variação significativa ficou a dever-se às fortes restrições às
deslocações no contexto pandémico no primeiro trimestre de 2021, quando
as deslocações tinham diminuído 55,3% em território nacional e 89,5% com
destino ao estrangeiro”.Estes valores
ficaram “ligeiramente acima” dos níveis do primeiro trimestre de 2019
(+0,3%), pré-pandémico, “em resultado da variação observada nas viagens
nacionais (+3,6%), dado que as viagens ao estrangeiro continuaram a
registar uma variação negativa (-23,0%)”.“As
viagens em território nacional corresponderam a 90,5% das deslocações
(4,2 milhões) e aumentaram 175,8% (+3,6% face ao primeiro trimestre de
2019). As viagens com destino ao estrangeiro cresceram 846,9%, mas
ficaram ainda 23,0% abaixo dos níveis de 2019, totalizando 443,4 mil
viagens, o que correspondeu a 9,5% do total (8,7% no quarto trimestre de
2021)”, precisa o INE.O número de viagens
aumentou em todos os meses do trimestre: +179,3% em janeiro, +266,0% em
fevereiro e +156,8% em março. Face aos mesmos meses de 2019, fevereiro
registou um acréscimo de 8,5%, enquanto em janeiro e março se observaram
reduções de 2,8% e 4,6%, respetivamente.No
período em análise, a ‘visita a familiares ou amigos’ foi a principal
motivação para viajar (2,2 milhões de viagens, +187,7%; +4,4% face ao
primeiro trimestre de 2019), apesar da perda de representatividade
(46,1% do total, -1,3 pontos percentuais face ao primeiro trimestre de
2021). Já o motivo ‘lazer, recreio ou
férias’ correspondeu a 1,8 milhões de viagens (39,2% do total, +13,0
pontos percentuais), revelando o maior acréscimo, de 342,2% (+3,0% em
relação ao primeiro trimestre de 2019).As
viagens por motivos ‘profissionais ou de negócios’ (431,8 mil)
aumentaram 90,0% (-31,1% face a 2019; +47,8% no quarto trimestre de
2021), embora a sua representatividade tenha diminuído (9,2% do total;
14,3% no primeiro trimestre de 2021).Os
‘hotéis e similares’ concentraram 21,9% das dormidas resultantes das
viagens turísticas no primeiro trimestre de 2022, reforçando a sua
representatividade (+16,3 pontos percentuais), mas o ‘alojamento
particular gratuito’ manteve-se como a principal opção (71,0% das
dormidas, -17,6 pontos percentuais).De
acordo com os dados do INE, no processo de organização das deslocações, a
Internet foi utilizada em 20,4% dos casos (+15,6 pontos percentuais),
tendo este recurso sido opção em 67,5% (+29,5 pontos percentuais) das
viagens para o estrangeiro e em 15,4% (+11,7 pontos percentuais) das
viagens em território nacional.No primeiro
trimestre de 2022, cada viagem teve uma duração média de 2,85 noites
(4,46 noites no primeiro trimestre de 2021; 2,70 noites no primeiro
trimestre de 2019). Em janeiro e março a duração média foi 3,05 noites, enquanto fevereiro registou uma duração de 2,49 noites.A
proporção de residentes que realizou pelo menos uma deslocação
turística no primeiro trimestre de 2022 foi de 19,0%, um acréscimo de
12,9 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior (19,2% no
primeiro trimestre de 2019).Neste
trimestre, a percentagem de residentes que viajaram registou acréscimos
em todos os meses, face ao mesmo período de 2021 (+6,5, +8,7 e +7,0
pontos percentuais, de janeiro a março, pela mesma ordem). Já
em comparação com os mesmos meses de 2019, as variações observadas
foram -0,8, +1,1 e +0,1 pontos percentuais, respetivamente.