Venezuela afirma estar a responder de "cabeça erguida", apesar do poder dos EUA
Hoje 12:58
— Lusa/AO Online
Numa
declaração na estação estatal Venezolana de Televisión (VTV), Padrino
disse que os Estados Unidos são “um dos impérios mais genocidas da
história”, alertando que Washington tem “muito poder” em “todos os
aspetos: tecnológico, económico, financeiro, militar, sempre para causar
danos e defender os seus interesses”.No
entanto, acrescentou, a Venezuela está a defender-se apesar de “toda a
operação psicológica em curso” e do destacamento aéreo e naval dos EUA
nas Caraíbas para “destruir” a Venezuela.“O
imperialismo norte-americano encarregou-se de nos ameaçar ainda mais
com aviões bombardeiros, navios de mísseis e submarinos nucleares nas
Caraíbas. E o que fizemos? Respondemos com maior unidade nacional”,
afirmou o governante.Nos últimos meses, os
Estados Unidos reforçaram a sua presença militar nas Caraíbas e no
Pacífico latino-americano com navios, caças e forças especiais, num
contexto de crescente tensão com a Venezuela. A
administração do Presidente Donald Trump enquadra este destacamento
como parte da sua iniciativa “Lança do Sul”, de luta contra o
narcotráfico.Mas o Presidente venezuelano,
Nicolás Maduro, considera-o uma tentativa de o destituir do poder e tem
pedido que o país se mantenha em estado de alerta máximo e que sejam
realizados exercícios militares de prontidão em antecipação de uma
possível “agressão”. Nas últimas semanas,
os Estados Unidos realizaram cerca de 20 ataques aéreos nas Caraíbas e
no Pacífico contra embarcações que acusam – sem apresentar provas – de
transportar droga, causando um total de 76 vítimas. A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA emitiu um aviso aos
operadores de voos comerciais aconselhando-os a "extremar a precaução"
ao sobrevoarem a Venezuela e o sul das Caraíbas, devido ao que considera
"uma situação potencialmente perigosa na região", levando seis
companhias aéreas, incluindo a TAP, a cancelarem voos para a Venezuela.