Vasco Cordeiro quer "mais vozes" a defender os Açores no Parlamento Europeu
Europeias
13 de mar. de 2019, 11:05
— Lusa/AO Online
"Sei
que há questões do ponto de vista partidário, que ninguém ignora, deixo
essas questões a quem tem de tratar delas", sublinhou o presidente do
Governo dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro, abordando, sem
concretizar, a lista do PSD às europeias de maio, com o candidato
indicado pela estrutura açoriana, o antigo presidente da Assembleia da
República Mota Amaral, a poder não integrar a mesma em lugar elegível.Questionado
sobre o sufrágio europeu na Horta, à margem da sessão plenária da
Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, Vasco Cordeiro
assinalou que "quantas mais vozes houver a defender os Açores a nível
europeu, melhor", acrescentando que "dificilmente passa pela cabeça de
alguém" que a região possa ter menos representantes do que agora no
hemiciclo europeu."Acho que dificilmente
passa pela cabeça de alguém que isso possa acontecer. Nós não somos
apenas mais uma região. Nós somos uma região ultraperiférica, fazemos
parte do núcleo essencial de diferenciação por parte da União Europeia.
Não são muitas as regiões ultraperiféricas que existem na União
Europeia", prosseguiu.Atualmente, e em
resultado das últimas eleições europeias, no Parlamento Europeu estão,
pelos Açores, os deputados Ricardo Serrão Santos (PS) e Sofia Ribeiro
(PSD).O PS/Açores indicou para o sufrágio
de maio o nome de André Bradford, que segue em 5.º na lista nacional, ao
passo que no PSD o nome avançado - Mota Amaral - pode ser remetido para
um lugar tido por não elegível.No passado
fim de semana, o Conselho Regional do PSD/Açores declarou manter a
"legítima expectativa" de ver o antigo presidente do Governo Regional
Mota Amaral "em lugar elegível e cimeiro" na lista social-democrata às
eleições de maio."Relembro o que disse ao
doutor Rui Rio a 28 de outubro do ano passado, no nosso Congresso
Regional: primeiro estão os Açores, e só depois o PSD", disse na ocasião
o líder do PSD/Açores, Alexandre Gaudêncio.Esta quarta-feira, o presidente do PSD/Açores irá ao Conselho Nacional do
partido "dizer que os Açores não abdicam de um lugar elegível" na lista a
Bruxelas, "tal como acontece há mais de 30 anos".Só
num momento posterior a esse, e se Mota Amaral não ficar num lugar
considerado elegível, "serão tomadas outras ilações" pela estrutura
açoriana do PSD.