Vasco Cordeiro espera que Marcelo leve imagem de região mobilizada para desafios
27 de out. de 2017, 06:13
— Lusa/AO Online
Ao discursar antes de um jantar em honra do
chefe de Estado, no Palácio de Santana, sede da presidência do executivo
açoriano, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Vasco Cordeiro disse
que era um gosto e uma satisfação receber Marcelo Rebelo de Sousa, que
está nos Açores de visita às ilhas do grupo oriental, depois de em junho
ter feito a deslocação ao grupo central e oriental.“Esforçamo-nos
por mostrar aquilo que de melhor tem os Açores nos mais variados
domínios. Esse gosto, essa satisfação e essa alegria fez com que todos,
entidades públicas e entidades privadas, se prestassem a apresentar o
melhor que se faz nos Açores”, afirmou Vasco Cordeiro.O chefe do
executivo regional adiantou que gostaria que a imagem e as impressões
que o chefe de Estado leva “não fosse a de uma região onde não existem
desafios” ou onde não existem áreas a necessitar de melhores resultados,
exemplificando com a educação ou a exclusão social.“Por isso,
entre a visão talvez maniqueísta de que os Açores só serão notícia
quando houver uma desgraça ou quando existirem maus indicadores, faço
votos que desta visita o senhor Presidente da República leve a imagem de
um povo que está comprometido com o seu destino, consciente dos
desafios que tem à sua frente e que está mobilizado, sejam elas
entidades públicas ou entidades privadas, para vencer e para ultrapassar
esses desafios”, adiantou.De seguida, o chefe de Estado
congratulou-se com as referências de Vasco Cordeiro aos “esforços
feitos” na educação e exclusão social, considerando que são problemas
“largamente comuns ao todo nacional".Marcelo Rebelo de Sousa
respondeu também às reivindicações do presidente do Governo dos Açores
relacionadas com a gestão do mar ou os serviços do Estado na região,
domínios que considerou fazerem parte do diálogo.O chefe do
Estado disse que “poderia acrescentar mais um ou outro ponto” não
referido pelo chefe do executivo açoriano dado o espírito caloroso do
momento.“Mas também esses pontos que estão presentes no seu
espírito e no meu espírito, no espírito de vários que aqui nos
acompanham, também esses pontos fazem parte do domínio da convergência,
do diálogo, que são imprescindíveis, quer aqueles que são do foro
estritamente do domínio interno, quer aqueles que supõem, naturalmente,
algum diálogo externo”, acrescentou.Antes de um brinde ao futuro
do país e, “por conseguinte, também ao futuro e à prosperidade dos
Açores e dos açorianos”, o presidente do Governo Regional ofereceu uma
peça da artista Isabel Silva Melo ao chefe de Estado, um registo do
Senhor Santo Cristo dos Milagres, em cuja procissão Marcelo Rebelo de
Sousa participou em maio último.O representante da República para
os Açores, a presidente do parlamento regional, membros do atual
governo regional e os antigos chefes do executivo açoriano, Mota Amaral e
Carlos César, estiveram presentes neste jantar.Deputados na
Assembleia da República, eurodeputados e parlamentares da Assembleia
Legislativa Regional também marcaram presença, mas o deputado único do
Partido Popular Monárquico no parlamento açoriano, Paulo Estêvão,
anunciou a sua ausência, justificando-a como uma “forma de protesto
contra a discriminação que os alunos do Corvo estão a ser alvo” nas
refeições escolares.