Autor: Lusa/Açoriano Oriental
“Naturalmente que houve muita coisa dita na campanha eleitoral que nos causa apreensão (…), mas também temos, no fundo, a expectativa (…) que no caso da emigração haja um temperar de posições”, referiu Vasco Cordeiro, numa reação em Ponta Delgada, na ilha de são Miguel à tomada de posse do 45º presidente norte-americano.
O multimilionário Donald Trump, de 70 anos, tomou hoje posse como presidente dos Estados Unidos da América, numa cerimónia pública junto ao Capitólio, em Washington, tornando-se no homem mais velho a assumir a presidência neste país.
Trump prestou juramento como 45.º Presidente dos Estados Unidos, usando duas Bíblias – uma oferecida pela sua mãe e a que Abraham Lincoln usou na sua posse, há 150 anos – e sob o olhar atento de uma multidão, dividida entre o fervor dos apoiantes e as críticas dos opositores.
Para Vasco Cordeiro, há que aguardar “os passos seguintes da administração Trump”, ao nível de matérias com particular interesse para os Açores, como o caso “das comunidades açorianas emigrantes e da Base das Lajes”, onde está um destacamento militar norte-americano.
Segundo a Direção Regional das Comunidades dos Açores, que cita dados dos últimos censos norte-americanos, a comunidade portuguesa nos Estados Unidos é de cerca de 1,4 milhões de pessoas, estimando-se que 70% seja de origem açoriana.
Não obstante estar representada em todos os estados daquele país, a comunidade açoriana é mais expressiva na Califórnia, Massachusetts e Rhode Island.
Entre 1960 e 2014, saíram da região com destino aos Estados Unidos 96.292 emigrantes, informou a Direção Regional das Comunidades.