Vasco Cordeiro diz que revitalização da Terceira já dá resultados
4 de set. de 2018, 09:09
— Lusa/AO Online
“Aquilo
de que estamos a falar aqui é exatamente de resultados desse
plano, dessa estratégia e dessa abordagem, que neste caso concreto,
através do projeto Terceira Tech Island, permite a instalação de uma
empresa como a Glintt na nossa região”, adiantou Vasco Cordeiro,
referindo-se ao Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira
(PREIT), apresentado pelo executivo açoriano em 2015 para minimizar os
impactos da redução militar norte-americana na base das Lajes.O
presidente do executivo açoriano falava na inauguração da empresa
Glintt Açores, uma das seis empresas na área das novas tecnologias que
se instalou no último ano na cidade da Praia da Vitória, no âmbito do
programa Terceira Tech Island.A
Glintt, que desenvolve software para mais de 200 hospitais e 14.000
farmácias, em seis países, decidiu criar uma nova empresa na Praia da
Vitória, a Glintt Açores, contratando 15 funcionários, 10 dos quais que
terminaram em julho o segundo curso de formação avançada em programação
informática do Terceira Tech Island.“Estamos
a falar numa taxa de empregabilidade que, às três semanas, depois da
conclusão desse curso, está nos 85%”, salientou Vasco Cordeiro.Desde
fevereiro, já concluíram uma formação intensiva em programação
informática na ilha Terceira 40 pessoas e outras 20 iniciam o terceiro
curso na próxima semana.Além
de comparticipar as formações, o Governo Regional disponibilizará
também habitações e sedes às empresas, que serão instaladas no futuro na
antiga escola da Força Aérea norte-americana, junto à base das Lajes.Segundo
o presidente do Governo Regional, os Açores estão a conseguir dar
resposta a uma necessidade global, já que só em Portugal se estima que
faltem “50 mil programadores”, e isso tem promovido a “captação de
investimento” na região.“O
Terceira Tech Island tem um objetivo estrutural, que é exatamente
aproveitar esta revolução digital que passa por todo o lado para também
potenciar os seus efeitos do ponto de vista da requalificação de ativos,
da capacidade de atração de investimento e de empreendedores, bem como
de quadros qualificados”, frisou.Vasco
Cordeiro defendeu que os Açores têm um “ecossistema particularmente
favorável ao investimento e ao empreendedorismo”, possuindo o “mais
abrangente e atrativo” sistema de incentivos para o investimento privado
da União Europeia e um diferencial fiscal nos impostos em relação ao
território continental. “Entre
2013 e 2018, entre projetos já apresentados, executados e em execução,
estamos a falar de verbas de cerca de 400 milhões de euros de
investimento privado”, reforçou.