Vasco Cordeiro diz que alguns partidos da oposição parecem desnorteados
30 de nov. de 2017, 09:15
— Lusa/AO Online
“O que resulta
destes três dias de debate é que alguns partidos da oposição, contra
todas as evidências, teimam em não descolar do ciclo velho, a sua
postura é a mesma de sempre, reclamar”, afirmou Vasco Cordeiro.O
governante discursava no encerramento do debate parlamentar das
propostas de Plano e Orçamento regionais para 2018, na Assembleia
Legislativa, na Horta, ilha do Faial. “Reclamar
hoje, quando o Governo [Regional] poucos dias leva de início do segundo
ano desta legislatura, que todos os compromissos assumidos para quatro
anos já deviam estar cumpridos; reclamar por um pouco mais nas áreas em
que o Governo já prevê mais; reclamar um pouco menos nas áreas em que o
Governo já consagrou menos”, apontou.Sem
se referir ao PSD, que apresentou propostas neste sentido, Vasco
Cordeiro exemplificou com “o caso das passagens inter-ilhas”, em que há
apenas dois anos o executivo “operou a maior redução de sempre no custo
das passagens aéreas”, ou dos impostos, “em que, também há apenas dois
anos, se deu uma redução de impostos que levou a que os açorianos tenham
hoje a carga fiscal mais baixa do país”.Nesse
sentido, chefe do executivo açoriano considerou que “alguns partidos da
oposição parecem perdidos, parecem desnorteados”, acusando-os de,
“derrotados nas eleições há pouco mais de um ano”, quererem “agora à
força toda implementar o seu projeto”.“Acusam
de excesso de Governo, mas propõem mais apoios do Governo, mais
programas financiados pelo Governo; querem a rutura que a ausência de
alternativas e a mera cópia de ideias e de propostas do Governo desmente
cruamente”, acrescentou.Antes,
Vasco Cordeiro explicou que os documentos orçamentais para 2018
chegaram ao plenário “sob o signo de um novo ciclo de crescimento e de
desenvolvimento”, apontando indicadores de crescimento económico de
diversos setores de atividade, a descida da taxa de desemprego ou o
aumento da cobertura de creches.Vasco
Cordeiro destacou, por outro lado, que os investimentos que o Governo
dos Açores quer concretizar no próximo ano “não foram definidos à porta
fechada”, mas num processo de transparência.“Reunimos
com quem quis reunir connosco, ouvimos quem quis falar connosco,
explicitando opções, ouvindo propostas e, quando foi caso disso,
reafirmando estratégias”, declarou, para acrescentar que “nessa ação o
Governo não obedeceu nem obedece a outro critério, nem se sujeita a si
nem àquilo que faz, a outro interesse que não seja” os Açores.A
este propósito, defendeu que o interesse dos Açores “não corresponde
apenas à soma dos interesses dos partidos, apenas à soma dos interesses
dos parceiros sociais ou sequer apenas à soma dos interesses dos
conselhos de ilha”, para acrescentar que o executivo açoriano tem a
legitimidade que “deriva da votação maioritária que o partido que o
suporta”, o PS, teve nas eleições regionais de 2016, pelo que “tem o
mandato claro de cumprir o projeto que submeteu aos açorianos e que
estes sufragaram maioritariamente”.