Vários ministros israelitas pedem um governo de emergência nacional
Israel
9 de out. de 2023, 09:14
— Lusa/AO Online
O
ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, reconheceu que “a
realidade dita que a unidade e a coesão são necessárias para derrotar os
inimigos”.“Deixem as equipas e as
negociações para trás. Peço ao primeiro-ministro [israelita] Benjamin
Netanyahu e a [ex-ministro da Defesa e líder do Partido da Unidade, da
oposição] Benjamin Gantz para que estejam à altura da ocasião, reúnam-se
imediatamente e acordem em criar um governo de emergência nacional que
una o povo, que eleve a motivação, que dê apoio ao Exército e alcancem a
eliminação total do Hamas e as organizações terroristas em Gaza”,
declarou Smotrich.Nesta linha, o ministro
da Economia israelita, Nir Barakat, argumentou que “Israel está em
guerra e é hora de um governo de unidade nacional”. “Nestes
tempos complexos, devemos colocar de lado as nossas diferenças e
unir-nos contra um inimigo que nos quer destruir (...). Os combatentes
do exército de todos os setores da sociedade israelita vão à batalha
pelo Estado de Israel e devemos apoiá-los com um governo de unidade que
represente toda a população. Devemos formar um governo de unidade hoje e
vencer a guerra juntos”, referiu Nir Barakat.Por
sua vez, o ministro da Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben
Gvir, indicou que o seu partido, Otzma Yehudit, apoiaria esta opção
"desde que a base para a adesão seja um acordo que defina como objetivo
do governo a vitória do Exército e a eliminação das forças e do governo
do Hamas.Ben Gvir anunciou uma ordem
de “emergência” para que a Divisão de Licenciamento de Armas de Fogo
permita aos civis se armarem, desde que cumpram os requisitos para o
porte de armas de fogo e não tenham antecedentes criminais ou restrições
médicas.O grupo islâmico Hamas lançou no
sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de
operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e
a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.Em
resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias
instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como
“Espadas de Ferro”.O Ministério da Saúde
de Israel divulgou, no domingo, um balanço de pelo menos 700 mortos em
território israelita e mais de 2.000 feridos.O
mais recente balanço do Ministério da Saúde palestiniano registava, no
domingo, 413 mortos devido aos ataques aéreos israelitas em Gaza, o que
elevava para mais de 1.100 o total de mortes nos dois lados dos
confrontos armados iniciados no sábado.