Variações apresenta-se em janeiro para promover turismo LGBTI em Portugal
18 de dez. de 2017, 17:44
— Lusa/AO online
De
acordo com os promotores, há pelo menos um milhão de consumidores LGBTI
(Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais e Intersexuais) no mercado
nacional.“Se
somarmos o turismo LGBTI, acresce mais dois milhões de pessoas que nos
visitam anualmente, o que perfaz uma estimativa de dois mil milhões de
euros de receitas do setor”, diz em comunicado o novo grupo associativo.
A 11 de
janeiro, a Variações, apresenta-se oficialmente em Lisboa, anunciando
programas para promover Portugal, dentro e fora do país, como “polo
comercial e destino turístico LGBTI de referência”. Os
empresários que se associaram com este fim inspiraram-se no artista
António Variações (1944 – 1984) para denominar e criar uma estrutura que
represente a diversidade do setor e da população, pretendendo ao mesmo
tempo fomentar o “crescimento sustentado dos operadores económicos do
setor”.“O
setor representa um nicho de mercado com mais potencial de crescimento a
nível global e com uma rentabilidade acima da média”, lê-se no
documento.Bares,
discotecas e hotéis integram a Variações, juntamente com guias de
turismo, artistas, agentes culturais, empresas digitais e de design,
marcas de moda e de roupa, consultores e advogados.
“Tal como António Variações somos pioneiros em Portugal”, afirmam os
empresários, que tencionam fazer crescer no resto no país um segmento
que está ainda muito concentrado em zonas urbanas.“Representamos
a variação de mercado com o maior crescimento a nível global registado
nos últimos anos e o público com maior potencial de crescimento no
território nacional na próxima década”, declara Diogo Vieira da Silva,
membro fundador e diretor executivo da associação, numa nota enviada à
comunicação social. No
primeiro ano de atividade, a Variações pretende lançar a campanha
“Proudly Portugal” (Orgulhosamente Portugal) para organizar e estruturar
a oferta e promover o país na área internacional de eventos LGBT,
preparando assim a candidatura portuguesa à organização do Europride em
2021.O evento, segundo a associação, tem capacidade para atrair mais de meio milhão de visitantes à cidade anfitriã.
Está também no horizonte a criação de um comité empresarial para
incentivar a diversidade e inclusão como “motor de vantagem competitiva”
para todos os negócios.