Autor: Lusa/AO Online
Em
comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide
sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B,
sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e
tosse convulsa.
De acordo com o estudo,
publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu
salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O
estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas
contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e
52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
"As
vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo
doenças antes temidas", sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros
Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os
dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado
nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia
da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões
de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que
necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais
de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.