Vacinas e ‘kits’ de teste isentos de cobrança de IVA na UE
Covid-19
7 de dez. de 2020, 16:25
— Lusa/AO Online
Em comunicado, a estrutura
onde estão representados os países da UE explica que “adotou hoje
alterações à diretiva sobre o sistema comum do IVA para permitir aos
Estados-membros isentar temporariamente as vacinas e ‘kits’ de teste
covid-19, bem como os serviços estreitamente relacionados”.Acresce
que “os Estados-membros podem igualmente aplicar uma taxa reduzida de
IVA aos ‘kits’ de teste e serviços estreitamente relacionados, se assim o
desejarem”, aponta o Conselho da UE.Na
prática, passa então a ser permitido aos países da UE instituir uma
isenção temporária do IVA para as vacinas e os ‘kits’ de teste vendidos a
hospitais, médicos e particulares, bem como para serviços estreitamente
conexos.Atualmente, os Estados-membros
podem aplicar taxas reduzidas de IVA às vendas de vacinas, mas não podem
aplicar uma taxa zero, e os ‘kits’ de teste não podem beneficiar de
taxas reduzidas.Ao abrigo da alteração
hoje aprovada por unanimidade no Conselho, os Estados-membros poderão
aplicar taxas reduzidas ou taxas zero tanto às vacinas como aos ‘kits’
de teste.As novas regras visam assegurar o
acesso a vacinas e ‘kits’ de teste de covid-19 a preços acessíveis na
UE, como proposto no final de outubro pela Comissão Europeia, e estão em
vigor até 31 de dezembro de 2022.Também
em nota de imprensa, o executivo comunitário veio “congratular-se com a
adoção de novas medidas importantes, que permitirão aos Estados-membros
aliviar os encargos dos hospitais, dos médicos e dos particulares da
UE”.Estão apenas em causa as vacinas
autorizadas pela Comissão Europeia ou pelos Estados-membros da UE e os
testes de despiste que cumprem a legislação da UE aplicável.Até
ao momento, a Comissão Europeia já assinou seis contratos com
farmacêuticas para assegurar vacinas para a Europa quando estas se
revelarem eficazes e seguras: a AstraZeneca (300 milhões de doses), a
Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões) e BioNTech
e Pfizer (300 milhões), CureVac (405 milhões) e Moderna (160 milhões de
doses).Ao todo, o executivo comunitário já assegurou cerca de dois mil milhões de doses de uma potencial vacina contra o vírus.Está
previsto que as vacinas asseguradas pela Comissão Europeia sejam
disponibilizadas ao mesmo tempo para todos os Estados-membros da UE,
sendo que a quantidade atribuída a cada país será baseada na população.A compra também é feita por cada país.De
momento, os Estados-membros estão a trabalhar nos seus planos de
vacinação e na logística para vacinarem dezenas de milhões de pessoas no
próximo ano.As vacinas em fase mais
evoluída no processo de avaliação antes da entrada no mercado são as da
BioNTech e Pfizer e da Moderna, ambas assentes no ARN mensageiro, e para
as quais já foram submetidos pedidos de comercialização na UE à Agência
Europeia de Medicamentos (EMA).A EMA deverá aprovar a vacina da BioNTech e Pfizer a 29 de dezembro e a da Moderna a 12 de janeiro de 2021.