Vacinação gratuita arranca hoje para pessoas dos 50 aos 59 anos
17 de dez. de 2024, 10:10
— Lusa/AO Online
“No ano passado, vacinámos cerca
de 250 mil pessoas dos 50 aos 59 anos e esperamos que este ano também
consigamos alcançar este valor”, adiantou à agência Lusa o
subdiretor-geral da Saúde, André Peralta-Santos.Segundo
referiu, a decisão de alargar a vacinação sazonal a esta faixa etária
deve-se à disponibilidade de doses, tendo em conta que atualmente
existem em ‘stock’ cerca de 400 mil vacinas contra a gripe.Perante
esta disponibilidade, e como tem sido habitual noutros anos, a
Direção-Geral da Saúde (DGS) vai “dando a possibilidade de outros grupos
etários se vacinarem gratuitamente”, referiu o subdiretor da
Direção-Geral da Saúde (DGS).Peralta-Santos
salientou a importância de essa vacinação ocorrer antes do início das
festividades do Natal e Ano Novo, período de maior contacto social.“Damos
a possibilidade de vacinação gratuita [nas farmácias ou nos centros de
saúde] a quem tem entre 50 e 59 anos antes do período de festas de Natal
e Ano Novo para que as pessoas se possam proteger e tenham este momento
de confraternização já vacinadas”, realçou André Peralta-Santos.Com
quase três meses decorridos da campanha de vacinação sazonal, o
subdiretor-geral da Saúde fez um “balanço globalmente muito positivo”,
com cerca de 2,2 milhões de pessoas vacinadas para a gripe e 1,5 milhões
para a covid-19.Destacou que a cobertura
vacinal das pessoas com mais de 85 anos, que este ano tiveram pela
primeira vez à sua disposição uma vacina da gripe de dose reforçada, já
ultrapassou os 75%, que era o objetivo da DGS.“Ainda
queremos vacinar mais pessoas, especialmente, no grupo de 60 ou mais
anos”, referiu André Peralta-Santos, para quem a vacinação “é sempre um
meio muito fácil” de proteção contra os efeitos mais nocivos da gripe e
da covid-19.Em relação à covid-19, o
subdiretor-geral reconheceu que os números da cobertura vacinal são
inferiores aos da gripe, alegando que isso já era expectável, tendo em
conta que alguns estudos já apontavam para uma maior hesitação vacinal.André
Peral-Santos reafirmou ainda a mensagem de que a vacina contra o
coronavírus é segura e que a covid-19 continua a provocar doença grave,
especialmente, nos mais idosos.“A perceção
de risco que as pessoas têm atualmente da covid-19 é menor do que
aquela que têm em relação à gripe e isso motiva-as a que se vacinem mais
contra a gripe”, explicou.O
subdiretor-geral considerou também muito positivo o alargamento da
vacinação às farmácias comunitárias, em complementaridade com os centros
de saúde, uma vez que permitiu aumentar os pontos de vacinação, com
maior conveniência para as pessoas que pretendem se vacinar. “Daquilo que depender da DGS, é um modelo que queremos manter”, assegurou André Peralta-Santos.A
campanha de vacinação sazonal do outono-inverno 2024-2025 contra a
gripe e a covid-19 arrancou em 20 de setembro em cerca de 3.500 pontos
de vacinação em todo o país, com objetivo de vacinar 2,5 milhões de
pessoas.