"Vacinação deve ser alargada a centros e farmácias comunitárias"
Covid-19
23 de fev. de 2021, 12:46
— Lusa/AO Online
“Estamos
a equacionar a utilização de centros de vacinação”, afirmou a
governante no final da reunião no Infarmed, em Lisboa, entre
especialistas, governantes e o Presidente da República sobre a evolução
da pandemia. “Adicionalmente, a vacinação
noutros pontos – as farmácias comunitárias -, será num momento que não
este, em que ainda nos confrontamos com escassez de vacinas e
condicionalismos referentes ao próprio armazenamento e distribuição”,
completou.De acordo com Marta Temido, o
plano de vacinação “continua a correr conforme planeado”, reiterando que
os números hoje transmitidos pelo coordenador da ‘taskforce’, o
vice-almirante Gouveia e Melo, permitem a Portugal manter-se “em linha
com os objetivos europeus” para este ano.“Desde
logo, garantir que no final do primeiro trimestre conseguimos ter 80%
das pessoas com mais de 80 anos e das pessoas que trabalham no setor da
saúde ou no setor social no apoio a cidadãos vulneráveis vacinadas;
depois, até ao final do verão, termos 70% dos nossos cidadãos
vacinados”, observou.Na reunião do
Infarmed, Gouveia e Melo notou que se se confirmarem as expectativas de
entregas de vacinas para os próximos meses, o país poderá avançar para
um ritmo de 100 mil inoculações diárias e que, perante a concretização
dessa maior velocidade, a imunidade de grupo – em torno dos 70% da
população - poderia ser alcançada já em agosto.Paralelamente,
Marta Temido garantiu que a operacionalização da nova estratégia de
testagem contra o vírus SARS-CoV-2 está em marcha e entra em vigor a
partir da meia-noite, conforme estipulado pela atualização da norma da
Direção-Geral da Saúde, e depois de o SNS24 ter atualizado os algoritmos
para que todos os contactos, independentemente do nível de risco,
tenham uma requisição para a realização de teste.“Portugal
continua a ser o sétimo país da União Europeia que mais testes realiza
por milhão de habitantes. Está muito próximo de Bélgica e Espanha.
Portugal teve no mês de janeiro a sua maior média de testes por dia e
fevereiro foi o terceiro melhor mês desde o início da pandemia. Sabemos
que há uma tendência para que a redução da incidência seja acompanhada
de uma redução de testes”, finalizou, desvalorizando a quebra registada
no número de testes realizados nos últimos dias.Nesse
âmbito, a ministra da Saúde revelou também que os testes PCR com saliva
são uma opção que “está em cima da mesa e será mais um contributo nesta
fase” e que está a ser preparada uma norma, uma vez que esse produto
“já é reconhecido pelo Infarmed”.