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Vacinação de crianças não avança para já nos Açores

Secretaria da Saúde considera que nesta fase deve ser dada nos Açores prioridade ao reforço da vacina nos idosos, nos doentes e nos profissionais essenciais


Autor: Luís Pedro Silva

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomendou na passada terça-feira que a vacinação contra a Covid-19 seja alargada às crianças entre os cinco e os 11 anos, com prioridade para as que têm doenças consideradas de risco.

Contudo, nos Açores, o Governo não vai avançar no imediato com a vacinação de crianças. Em declarações à Antena 1/Açores, o secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses, afirmou que “nesta fase ainda não vamos proceder à vacinação das crianças, até porque continuam a existir algumas dúvidas ao nível dos peritos, pelo que, nesta altura, temos de utilizar todos os nossos recursos na vacinação com a dose de reforço dos mais vulneráveis, como é o caso dos idosos, dos que têm patologias e dos profissionais que desempenham atividades essenciais, que é o que estamos a fazer e foi o que fizemos desde o início do processo de vacinação, com o sucesso que os números demonstram”.

Conforme refere a Agência Lusa, Portugal deve receber um primeiro lote de 300 mil vacinas da Pfizer com características pediátricas contra a Covid-19 já na próxima segunda-feira, a 13 de dezembro.

Em comunicado, também citado pela Agência Lisa, a DGS refere que a recomendação para a vacinação contra a Covid-19 de crianças entre os cinco e os 11 anos resulta da posição assumida pela Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC) e tendo por base os dados disponíveis.

Refira-se também que a vacina contra a Covid-19 com características pediátricas da Pfizer já recebeu um parecer positivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para ser administrada em crianças, sendo que em Portugal tem vindo a aumentar o número de novos casos de Covid-19 em crianças.

Citada pela Agência Lusa, a DGS afirma ainda que a Covid-19 em crianças manifesta-se geralmente de forma ligeira, embora também existam formas graves de Covid-19 em crianças, sendo o risco de hospitalização maior nas crianças com doenças consideradas de risco.