Vacina será administrada nos centros de saúde e lares
Covid-19
4 de dez. de 2020, 12:03
— Lusa/AO Online
A vacina será também administrada aos profissionais de saúde e dos serviços essenciais no âmbito da medicina no trabalho.Estes
são os pontos de vacinação previstos na primeira versão do Plano de
Vacinação de Combate à Covid-19, que foi hoje apresentado no Infarmed,
em Lisboa, pelo coordenador da 'task-force' criada pelo Governo para
esse trabalho, Francisco Ramos.Para a
primeira fase do plano de vacinação, que deverá decorrer entre janeiro e
março de 2021, os pontos de vacinação foram definidos tendo em
consideração os grupos prioritários no acesso à vacina: as pessoas com
mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em
lares, e profissionais de saúde e de serviços essenciais.Por
isso, a vacina será administrada nos cerca de 1.200 pontos de vacinação
habituais dos centros de saúde, nos lares e unidades de cuidados
continuados e no âmbito da medicina do trabalho para os profissionais
dos serviços essenciais.“O Serviço
Nacional de Saúde tem uma experiência de 40 anos na administração do
programa nacional de vacinação e, portanto, a nossa recomendação é
exatamente que nos baseemos nessa experiência”, justificou Francisco
Ramos, acrescentando que nos centros de saúde serão vacinados 400 mil
das 950 mil pessoas prioritárias, isto é, aquelas com mais de 50 anos e
comorbilidades associadas.Entre as
restantes, 250 mil pertencem ao grupo dos lares e 300 mil são
profissionais - neste último caso serão responsáveis por administrar a
vacina os respetivos serviços de medicina no trabalho. Para
a segunda fase do plano de vacinação, em que os grupos prioritários
serão alargados para incluir mais pessoas, a versão que foi hoje
apresentada ainda não define os pontos para administrar a vacina, mas o
coordenador da ‘task-force’ admite também aqui um alargamento da rede.“Ainda
não temos um plano concreto e detalhado, sabemos é que será precisa uma
expansão da rede de pontos de vacinação, mas com critérios a definir
conforme o calendário e ritmo de abastecimento de vacinas”, explicou
Francisco Ramos.O plano de vacinação prevê
ainda estudos de seguimento clínico, acompanhamento da resposta
imunitária e estudos de efetividade, um trabalho que está a ser
coordenado com o Infarmed, e a monitorização da vacinação, através do
robustecimento do registo de vacinas eletrónico. “Temos
que saber em cada momento quem é que foi vacinado e sobretudo temos de
ter a certeza que quem toma uma primeira dose fica imediatamente com uma
segunda dose marcada e a garantia que é exatamente a mesma vacina. Não é
admissível qualquer falha”, sublinhou o coordenador a propósito do
trabalho de monitorização.Será também
criado um “sistema de chamada” para a marcação da vacinação, de modo a
que os próprios serviços de saúde identifiquem as pessoas pertencentes
aos grupos de risco prioritários, mas aquelas que, por falta de
informação, não forem chamadas poderão aceder à vacina através de
declaração médica.