Utilização de testes rápidos definida no final da semana
Covid-19
23 de set. de 2020, 18:00
— Lusa/AO Online
“Temos um
painel de peritos a trabalhar desde o início da semana no assunto e até
ao final da semana teremos uma definição das circunstâncias em que estes
testes poderão ser utilizados, estando sobretudo em causa o contexto da
sua utilização”, afirmou Marta Temido, na conferência de imprensa
regular sobre o desenvolvimento da pandemia em Portugal, realizada em
Lisboa.A ministra reforçou que os testes
rápidos de antigénio ainda não estão recomendados em Portugal para
diagnóstico de casos de infeção pelo vírus SarCov-2 e que a grande
preocupação é a sua segurança e a fiabilidade dos resultados, recordando
que as opções técnicas destes testes são muito recentes.“Estes
testes não eliminam a hipótese de ocorrência de falsos negativos, são
testes que podem ter baixa sensibilidade em indivíduos assintomáticos ou
com uma carga viral baixa”, afirmou Marta Temido, sublinhando que a
maioria dos países europeus ainda não os utiliza como testes de
diagnóstico.“O que nos interessa é ter testes que nos garantam a fiabilidade dos resultados”, insistiu a ministra.A
estratégia de testagem para o novo coronavírus passa por garantir
“resultados rápidos e segurança e por isso é importante estratificar os
vários testes laboratoriais de acordo com a sua finalidade”. “O
nosso plano da saúde para Outono/Inverno 2020/2021 já prevê a inclusão
de dois tipos de teste: testes rápidos em menos de 60 minutos e testes
com resultados disponíveis em 24 horas”, afirmou.A
coordenação da estratégia de testes é uma responsabilidade do Instituto
de saúde Ricardo Jorge (INSA), em parceria com as autoridades regionais
de saúde, Infarmed e a Direção-Geral da Saúde.No
mesmo sentido, caberá ao INSA definir "as situações em que devem ser
usados testes rápidos e testes com resultados disponíveis em 24 horas”.