Uribe não quer "pôr em perigo" luta contra as FARC

22 de nov. de 2007, 17:03 — Lusa / AO online

Hugo Chavez foi mandatado há três meses para mediar uma troca designada "humanitária" entre 500 guerrilheiros presos e um grupo de 45 reféns, entre os quais a franco-colombiana Ingrid Betancourt e três norte-americanos, um deles luso-americano. "É preciso fazer todos os esforços pela paz e um acordo humanitário, mas tendo em conta que não podemos por em perigo a segurança democrática", declarou Uribe num discurso no palácio presidencial em Bogotá. "É ela (a segurança) que nos trará finalmente a paz e porá fim aos raptos que afectam o nosso país", adiantou o chefe de Estado colombiano, sem fazer alusão ao final da mediação de Chavez, anunciada na véspera num breve comunicado presidencial. De acordo com o comunicado, Uribe não concordou com o contacto directo de Chavez com o comandante do exército colombiano, o general Mário Montoya, e que o presidente venezuelano o tivesse interrogado telefonicamente sobre os reféns. Entretanto e em resposta a um pedido de Paris para que reconsiderasse a decisão de afastar Chavez, um conselheiro presidencial colombiano anunciou que a decisão de Uribe "é definitiva". José Obdulio Gaviria, o principal conselheiro presidencial, declarou hoje à rádio privada Caracol que "não haverá recuo" na decisão. Indicando que o presidente Uribe "foi muito flexível", Gaviria precisou que o presidente Nicolas Sarkozy "deve conhecer os elementos (daquela decisão) ... que também o vão surpreender". As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) contam com cerca de 17.000 guerilheiros.