Urge “compaixão” e “ternura” na relação com os doentes

14 de fev. de 2024, 08:09 — Rafael Dutra

O bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, apelou a que haja maior “compaixão e ternura” para quem está doente, uma vez que a “proximidade”, “presença”e o “cuidado”, por parte de quem está a cuidar de alguém, são os primeiros passos “para a cura de um doente”.O bispo D. Armando Esteves Domingues falava no passado domingo, no âmbito do Dia Mundial do Doente e do 9.º aniversário do Cabido Catedralício, restabelecido por D. António de Sousa Braga no dia de Nossa Senhora de Lourdes, há nove anos.Na ocasião, o bispo desafiou os cónegos capitulares a serem fraternos entre si e “a cuidar das relações que curam”.Deste modo, citado em nota de imprensa do portal Igreja Açores, o bispo de Angra referiu que as doenças, em especial as provocadas por falhas de relacionamento, precisam de “compaixão e ternura” que só a atenção e proximidade podem curar.“O primeiro cuidado de que necessitamos na doença é uma proximidade cheia de compaixão e ternura”, sublinhou.Na ocasião, D. Armando Esteves Domingues sustentou que “cuidar de um doente significa, antes de mais nada, cuidar das suas relações, de todas as suas relações: com Deus, com os outros – familiares, amigos, profissionais de saúde –, com a criação, consigo mesmo”.Neste sentido, o bispo de Angra apelou a que haja cuidado e humanidade no acompanhamento dos doentes.“Humanizar e cuidar! Sempre. Perante a doença cada um tem as suas defesas, mas precisa sobretudo de respostas. Quantos doentes nos deixam desarmados pela espiritualidade que os anima”, afirmou, acrescentando ainda que  “ brota a força confiante da fé, de que Deus não abandona o pobre, o doente, o carente, o só”.D. Armando Esteves Domingues reforçou ainda que “cuidar é não deixar só, é olharmos juntos para o amor eterno de Deus que vamos encontrar em casa do Pai que nos cria e recria até estarmos prontos para ele”.Para o Bispo abandonar um doente ou alguém num estado frágil é algo que considera ser um “pecado grave”.“O abandono de um doente ou frágil, diria eu, é assim um pecado grave que não merece compreensão humana. Fere a essência de Deus que é comunhão”, frisou D. Armando Esteves Domingues.