Autor: Lusa/AO
A cooperativa, que recolhe matéria-prima de vários lavradores de São Miguel, justificou os aumentos, que têm efeitos a 01 de Julho, com a necessidade de proceder a uma reajustamento da fileira dos lacticínios em função da evolução do sector a nível mundial.
Segundo a Unileite, o sector assiste a uma “encarecimento da produção de leite e à escassez de produtos lácteos nos mercados”, que resultam do crescimento de economias emergentes, baixa cotação do dólar e existência de focos de doença animal, entre outros factores.
Perante isso, a Unileite decidiu proceder aos aumentos do leite pago aos seus produtores, novos preços que permitem ultrapassar os antigos máximos históricos praticados nas campanhas de Verão e de Inverno.
Para o presidente da Associação Agrícola de São Miguel, a posição manifestada pela Unileite, que desempenha um papel preponderante no sector da ilha de São Miguel, “é positiva”, uma vez que o aumento incide sobre o preço base, o que engloba todos os produtores.
Jorge Rita manifestou-se convicto que, nos próximos tempos, as outras indústrias de lacticínios poderão equiparar os preços praticados pela Unileite, a que “melhor paga aos pequenos” produtores da ilha.
O dirigente associativo adiantou à agência Lusa que os aumentos recentemente verificados estão a aproximar-se das expectativas dos produtores, mas alertou que a situação dos mercados são “extremamente favoráveis” para novas subidas.
Um aumento de cinco cêntimos por cada litro é uma “fasquia razoável”, salientou Jorge Rita, para quem as indústrias “não estão a fazer nenhum favor” com as subidas dos preços que têm praticado recentemente.
Além do preço base, a Unileite tem ainda um prémio de qualidade, a atribuir aos produtores que entreguem matéria-prima dentro dos padrões estabelecidos.