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Unidades de Saúde de Ilha devem 19,9 ME a fornecedores

As nove Unidades de Saúde de Ilha (USI) dos Açores deviam, a 31 de agosto, 19,9 milhões de euros a fornecedores, com 75% da dívida a ser às farmácias


Autor: Nuno Martins Neves

Os números constam da resposta do Governo Regional dos Açores ao requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda, relativo à situação financeira das USIs.


De acordo com o documento consultado pelo Açoriano Oriental, os pagamentos em atraso às farmácias são a fatia de leão das dívidas das USIs, atingindo, no final de agosto, os 14,7 milhões de euros.

Um valor que é maioritariamente devido por três unidades: São Miguel, com 9,3 milhões de euros; Terceira, com 2,6 milhões de euros e São Jorge, com 1,5 milhões de euros.

O outro grande bloco de dívida, na ordem dos 4,2 milhões de euros diz respeito à rubrica Outros Fornecedores, não discriminado pelo Governo Regional dos Açores.

À Finanfarma, uma “Fintech for Health” especializada na implementação de soluções inovadoras de crédito e pagamentos, cinco USIs devem um valor muito perto do meio milhão de euros. São elas: São Miguel (227 mil euros), Terceira (196 mil euros), São Jorge (33 mil euros), Flores (5 mil euros) e Graciosa (4 mil euros).

Nota ainda para os 212 mil euros de dívida à Azores Airlines, particularmente por causa da USI da Graciosa (177 mil euros).

O Bloco de Esquerda/Açores procurou saber qual o valor que consta nos balancetes das USIs como “Transferências e Subsídios Correntes Obtidos”, tendo o Governo Regional transmitido que o valor transferido do Orçamento da Região para as USIs a 30 de junho era de 79 milhões de euros, tendo ascendido para 133  milhões de euros no final do mês de agosto.

De recordar que a Secretária Regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi, revelou no início de setembro que tinha sido feita uma transferência de 40 milhões de euros para as USIs, de forma a reduzir o passivo apresentado pelas nove unidades.

No final do ano passado, e de acordo com os relatórios e contas das unidades de saúde, o passivo tinha aumentado em 6,8 milhões de euros, superando os 50 milhões de euros.