Unesco inclui mais 21 sítios na rede mundial de reservas da bioesfera
16 de set. de 2021, 17:19
— Lusa/AO online
As
novas reservas da biosfera são designadas a cada ano para promover o
desenvolvimento sustentável, proteger os ecossistemas terrestres,
marinhos e costeiros e encorajar a conservação.Pela primeira vez, o Lesoto, a Líbia e a Arábia Saudita juntaram-se à lista dos países que acolhem estas reservas.Outros
locais situam-se no Canadá, em França, na Coreia do Sul, em Itália, no
Cazaquistão na Rússia, no Peru, em Espanha, na Tailândia, no
Uzebequistão e no Vietname."O
Conselho Internacional de Coordenação do Programa Homem e Biosfera da
Unesco aprovou estas entradas, bem como a extensão ou reordenação de
duas reservas da biosfera existentes (em Itália e no Chile)", anunciou a
agência da ONU em comunicado. Entre
os novos sítios aprovados, dois são transfronteiriços. A biosfera da
bacia do lago Ubs atravessa a Rússia e a Mongólia e a reserva de
Mura-Drava-Danúbio abrange cinco países: Áustria, Croácia, Hungria,
Sérvia e Eslovénia. As reservas da biosfera são indicadas pelos governos e ficam sob sua jurisdição quando são aprovadas. Com
25 sítios aprovados no ano passado, as últimas entradas elevam o número
total a 727 reservas, em 131 países, cobrindo cerca de 6% da área do
planeta.Duas
candidaturas, da Rússia e da Zâmbia, foram diferidas e os países foram
convidados a rever as propostas ou a fornecerem esclarecimentos. Outros cinco locais, no Gabão, na Bulgária, na Roménia e na Rússia, foram retirados da lista, precisou a Unesco.
Durante uma sessão na Nigéria, a diretora geral da Unesco, Audrey
Azoulay, deslocou-se à reserva da biosfera de Oban, que abriga os
gorilas de Cross River, espécie em risco de extinção."A
erosão da biodiversidade não é uma mera hipótese, mas um facto",
declarou, em comunicado, alertando para um "colapso iminente". "Mas este colapso não é inevitável: É tempo de fazer a paz no planeta.", acrescentou. Um
projeto de tratado que será analisado numa próxima cimeira das Nações
Unidas sobre a biodiversidade, em Kunming, na China, propõe que 30% das
terras e dos oceanos do planeta se torne em zonas protegidas até 2030.