Uma dezena de programas operacionais continua com execução abaixo de 50%
11 de fev. de 2020, 09:45
— Lusa/AO Online
De acordo com o último Boletim Informativo de
Fundos da União Europeia, com informação reportada até 31 de dezembro de
2019, dos 15 programas operacionais, 10 apresentam uma taxa de execução
inferior a 50%, ou seja, o mesmo número de programas que já estavam
nesta situação até setembro do mesmo ano.No
final da tabela figuram os programas operacionais Alentejo 2020 (27%),
Centro 2020 (29%), Norte 2020 (30%), Lisboa 2020 (30%) e Algarve 2020
(30%). Por sua vez, a ocupar os primeiros
lugares surgem os programas de desenvolvimento rural da Madeira (67%) e
dos Açores (65%), bem como o programa operacional Capital Humano (63%). No total, a execução do Portugal 2020 atingiu os 45% até ao final de dezembro.Conforme
estipulado pela Comissão Europeia, o Portugal 2020 está sujeito à regra
n+3, o que significa que, apesar de o prazo de vigência dos programas
ser apenas até ao final de 2020, o orçamento pode ser executado até três
anos depois. Esta regra, também
conhecida como ‘guilhotina financeira’, estabelece ainda níveis que, a
não serem cumpridos no final de cada ano, representam a perda de fundos.
Segundo o mesmo boletim, Bruxelas pagou a
Portugal, até dezembro de 2019, quase 11 mil milhões de euros, no
âmbito do Portugal 2020, perto de metade do total programado, mas o país
caiu para o quinto lugar entre os Estados que mais recebem.No
total, a Comissão Europeia transferiu 158.088 milhões de euros para os
28 Estados-membros, sendo que 6,8% deste montante foi para Portugal. Com
uma dotação global de cerca de 26 mil milhões de euros, o programa
Portugal 2020 consiste num acordo de parceria entre Portugal e a
Comissão Europeia, “no qual se estabelecem os princípios e as
prioridades de programação para a política de desenvolvimento económico,
social e territorial de Portugal, entre 2014 e 2020”.Os primeiros concursos do programa PT 2020 foram abertos em 2015.