Um em cada três condutores autopsiados tinham álcool no sangue e 13% drogas
9 de out. de 2020, 10:56
— Lusa/AO Online
De
acordo com o relatório divulgado pela Autoridade Nacional de
segurança Rodoviária (ANSR), que apresenta os dados obtidos com base nos
exames realizados pelo Instituto de Medicina Legal, 37% dos condutores
autopsiados tinham taxas de álcool no sangue (TAS) iguais ou superiores a
0,5g/l, valor apenas semelhante às percentagens verificadas em 2010 e
2012. Este aumento foi particularmente significativo face a 2018 (30,8%).O
mesmo documento indica que 13,3% dos condutores autopsiados em 2019
revelaram a presença de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas,
uma subida de 1,7 pontos percentuais relativamente ao ano anterior.O
relatório referente aos exames toxicológicos realizados pelo Instituto
Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) em 2019 indica
também que as percentagens de casos com TAS igual ou superior a 1,20g/l
(considerado crime) entre as vítimas mortais com TAS superior a 0,5g/l
foram de 79,0% (condutores), 71,4% (peões) e 64,3% (passageiros).No
ano passado, “nos exames efetuados a intervenientes em acidentes de
viação e na fiscalização de condutores, registaram-se 60,9% de casos com
TAS ≥0,50g/l”, refere o relatório, acrescentando que “essa percentagem
assumiu para os condutores e para os peões os valores de 62,6% e de
38,8%, respetivamente”.O documento conclui
ainda que 10,3% dos exames efetuados às vítimas mortais revelaram a
presença de substâncias estupefacientes ou psicotrópicas. No caso dos condutores e dos peões, a percentagem de testes positivos foi de 13,3% e 5%, respetivamente. Contudo,
a percentagem de exames positivos entre as vítimas mortais (10,3%) foi
inferior ao verificado no ano anterior (14,5%), mas no caso dos
condutores a tendência inverteu-se, com um aumento em 2019 (13,3%) face
ao ano anterior (11,6%).No total de casos
positivos entre vítimas mortais, as substâncias predominantes foram os
canabinóides (3,4%), refere o relatório, que sublinha também a
associação de álcool e drogas (4,4%). No total, 6,5% dos condutores que morreram revelaram uma associação de substâncias psicotrópicas com álcool.