UGT não colocou “linhas vermelhas” mas “linhas mestras”
Greve Geral
Hoje 17:16
— Lusa/AO Online
“A UGT, desde o
início, não pôs as linhas vermelhas em cima da mesa. Quando nós entramos
para uma negociação e pomos linhas vermelhas estamos a condicionar a
negociação”, afirmou Mário Mourão, em resposta aos jornalistas, após a
entrega do pré-aviso de greve para 11 de dezembro. Contudo, a UGT disse ter falado nas suas “linhas mestras” e pediu “serenidade”. Mourão
disse referiu que as várias partes em negociação têm de entender que
“há matérias muito sensíveis” na proposta, que alteram a vida dos
trabalhadores. “Estas medidas não vão dar resposta aos problemas que o país tem”, nomeadamente, a habitação, apontou. A
CGTP e a UGT decidiram convocar uma greve geral para 11 de dezembro, em
resposta ao anteprojeto de lei da reforma da legislação laboral,
apresentado pelo Governo. O presidente da
Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) afirmou, na
segunda-feira, ver com preocupação o clima em torno da reforma da
legislação laboral e pediu aos parceiros sociais que se foquem na
discussão das “linhas verdes”.“A greve é
um direito legítimo. A minha preocupação tem a ver com o clima e eu
gostava de lançar o repto de, em vez de discutirmos linhas vermelhas,
discutamos linhas verdes”, defendeu à Lusa o presidente da CAP, Álvaro
Mendonça e Moura.A confederação disse
estar profundamente interessada num consenso entre os parceiros sociais
sobre a reforma laboral, apesar de ressalvar que, “infelizmente, a CGTP
nunca assinará” um acordo. O antigo embaixador indicou que, entre as 100 medidas apresentadas pelo Governo, não é possível que todas sejam negativas. Assim, insistiu que os parceiros sociais devem concentrar-se nas 60 ou 70 em que existe acordo.