UGT entrega pré-aviso 5.ª feira e espera "novas medidas" na reunião com Governo
Greve Geral
Hoje 17:58
— Lusa/AO Online
"A UGT vai continuar a
dialogar e vai continuar a negociar", disse Mário Mourão, em declarações
aos jornalistas, à entrada da reunião bilateral com a ministra do
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no Ministério do Trabalho,
em Lisboa. O secretário-geral da UGT
adiantou ainda que a central sindical vai entregar na quinta-feira o
pré-aviso de greve geral para 11 de dezembro, paralisação convocada em
convergência com a CGTP, que já entregou o pré-aviso na segunda-feira e
garantiu que, ainda assim, mantém disponibilidade para negociar depois
disso. "Amanhã vamos fazer aqui a entrega
de pré-aviso de greve, com os dirigentes dos nossos sindicatos e até ao
dia 11 [de dezembro] e depois no dia 12 [de dezembro] estaremos
disponíveis logo para nos sentar à mesa", referiu. Questionado
sobre a nova proposta enviada pelo Governo à UGT, Mário Mourão refere
que o documento "mantém algumas medidas" e acrescenta outras que "são
piores" do que a proposta inicialmente apresentada. O
responsável diz ter "a expectativa" de que na reunião de hoje "haja
novas medidas" da parte do Governo e que a ministra "tenha sido
sensível" às reivindicações da central sindical "e que esteja disponível
a alterar" a proposta. Mário Mourão
recusou ainda adiantar quais são as 'linhas vermelhas' da UGT sobre as
alterações à lei laboral, argumentando que "isso limita a negociação". "A devido tempo serão postas", acrescentou. Após
o anúncio da greve geral, o Ministério do Trabalho entregou à UGT uma
nova proposta, com algumas alterações ao anteprojeto apresentado em
julho, mas que a central sindical diz ser "muito pouco" para desconvocar
a paralisação. No documento, noticiado em
primeira mão pelo Público, o Governo cede em matérias como a
simplificação dos despedimentos em médias empresas ou a redução do
número de horas de formação obrigatórias nas microempresas, abre a porta
à reposição dos três dias de férias ligados à assiduidade abolidos na
'troika', entre outras, mas mantém algumas medidas bastantes criticadas
pelas centrais sindicais, como regresso do banco de horas individual ou a
revogação da norma que prevê restrições ao 'outsourcing' em caso de
despedimento.