Para além da verba, prometida pela presidente
do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa conversa telefónica
com o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, a UE colocou à disposição
de Beirute equipas especializadas na deteção química, biológica,
radiológica e nuclear e um navio militar com capacidade de helicóptero
para evacuação médica, e equipamento médico e de proteção.A
UE destacou já mais de 100 bombeiros altamente treinados de busca e
salvamento, com veículos, cães e equipamento médico de emergência.A
verba que Bruxelas está a mobilizar destina-se a custear as primeiras
necessidades de emergência, apoio médico e equipamento, e proteção de
infraestruturas críticas, segundo um comunicado, podendo ser mobilizado
um maior apoio em função da avaliação das necessidades humanitárias em
curso.Foi também anunciada a mobilização
de peritos e equipamento para ajudar a avaliar a extensão dos danos e
manusear substâncias perigosas como o amianto e outros produtos
químicos.Isto pode ser importante para as estruturas civis, mas também para a reabilitação do Porto de Beirute.Duas
fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando,
pelo menos 137 mortos e mais de 5.000 feridos, segundo o último balanço
feito pelas autoridades libanesas.Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas.O
Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou uma mensagem
ao seu homólogo libanês, Michel Aoun, expressando “condolências aos
familiares das vítimas mortais e desejos de rápidas melhoras a todos os
feridos, bem como a sua solidariedade a todo o povo libanês”.Também
o Governo português expressou solidariedade com o Líbano e o seu povo,
adiantando que participará no plano de apoio da União Europeia.A
Proteção Civil portuguesa está pronta para enviar até quatro equipas
para o Líbano, disse à Lusa Duarte Costa, comandante da Autoridade
Nacional de Emergência e Proteção Civil. Estas serão equipas
relacionadas fundamentalmente com a resposta a emergência médica, a
análise do ar e a atividades em estruturas colapsadas.As
violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos
confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.Hassan
Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam
armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.