UE financia com 25 ME desminagem de territórios que Rússia ocupou
Ucrânia
3 de fev. de 2023, 13:16
— Lusa/AO Online
Num
comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, indicou que
“uma enorme quantidade de minas e outros engenhos explosivos está a ser
encontrada em territórios libertados pelas forças armadas ucranianas”, e
o bloco avançou com uma verba “até 25 milhões de euros para apoiar os
trabalhos de desminagem” nas áreas em causa.O
financiamento adicional - anunciado no âmbito da cimeira UE-Ucrânia,
que hoje decorre em Kiev com a presença dos presidentes do Conselho
Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen -,
incluirá equipamento essencial antiminas e reforçará as capacidades das
autoridades ucranianas para enfrentar a contaminação em grande escala
causada por minas e restos explosivos no contexto da guerra de agressão
da Rússia contra a Ucrânia, segundo o comunicado.A
ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na
Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5
milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países
europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica
esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra
Mundial (1939-1945).Neste momento, 17,7
milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões
necessitam de ajuda alimentar e alojamento.A
invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a
necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança
da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade
internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e
imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.A
ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis
mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém
dos reais.