Guerra Ucrânia
UE e NATO apoiam luta pela independência “o tempo que for preciso”

A União Europeia (UE) e a NATO prestaram hoje tributo à luta do povo ucraniano pela sua independência e garantiram que continuarão a prestar apoio à Ucrânia face à agressão militar russa “o tempo que for preciso”.


Autor: Lusa/AO Online

No dia em que se celebra o Dia da Independência da Ucrânia e se assinalam simultaneamente seis meses desde o início da invasão lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou o compromisso da UE com a luta que está a ser travada pelos ucranianos para defender o seu país.

“Caros cidadãos da Ucrânia, nunca poderemos igualar os sacrifícios que estão a fazer todos os dias. Mas podemos e vamos estar ao vosso lado. A UE tem estado convosco nesta luta desde o início. E estaremos ao vosso lado durante o tempo que for preciso”, escreveu a presidente do executivo comunitário na sua conta oficial na rede social Twitter.

A líder do executivo comunitário já assinalara a data à passagem da meia-noite, publicando uma fotografia do edifício-sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, iluminado com as cores da bandeira ucraniana, azul e amarelo.

“Esta noite, a Comissão Europeia ‘veste-se’ de amarelo e azul, para mostrar o nosso apoio à Ucrânia. Orgulhamo-nos de estar com os nossos amigos ucranianos na sua luta por um futuro livre, independente e europeu”, escreveu.

Também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recorreu à sua conta oficial na rede social Twitter para assinalar o Dia da Independência da Ucrânia, que, sublinhou, “este ano tem um significado mais poderoso do que nunca”, já que os “bravos e fortes cidadãos da Ucrânia estão a lutar pelas suas vidas, pelas suas famílias, pelo seu país, pelos seus valores, escolhas, liberdade e pela sua independência”.

“A UE estará sempre ao lado da Ucrânia. O nosso apoio não vai parar aqui”, assegurou.

O Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), o corpo diplomático da UE, cuja sede também foi iluminada na madrugada de hoje com as cores azul e amarela, assinalou o Dia da Independência da Ucrânia e prestou homenagem ao combate do povo ucraniano face à agressão militar russa, antecipando que "o destino vai sorrir" à Ucrânia e à Europa.

“Felicitamos os ucranianos que assinalam o seu Dia da Independência enquanto defendem e lutam por ela. Estaremos sempre ao lado da Ucrânia e da Liberdade. Slava Ukraini”, lê-se numa publicação na conta oficial no Twitter do SEAE, dirigido pelo Alto Representante Josep Borrell.

Na mesma linha, o secretário-geral da NATO, organização transatlântica cujo ‘quartel-general’ também está instalado em Bruxelas, prestou igualmente tributo à luta do povo ucraniano, garantindo igualmente a Kiev que pode continuar a contar com o apoio da Aliança Atlântica “o tempo que for preciso”.

“No Dia da Independência da Ucrânia, presto homenagem às corajosas mulheres e homens ucranianos que lutam pela sua liberdade e pelo seu país. A NATO tem apoiado a Ucrânia desde a sua independência e podem continuar a contar com a NATO durante o tempo que for preciso. A Ucrânia vai prevalecer!”, escreveu Jens Stoltenberg, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

A Ucrânia comemora hoje o Dia da Independência, na mesma data em que se cumprem seis meses da ofensiva militar da Rússia contra o país, iniciada em 24 de fevereiro.

A data, que comemora este ano o 31.º aniversário da independência da Ucrânia - declarada em 24 de agosto de 1991, pouco antes da dissolução formal da União Soviética, de que fazia parte -, é assinalada com restrições e medidas adicionais de segurança um pouco por todo o país, devido ao receio de mais ataques russos numa semana de forte simbolismo.

A efeméride será também assinalada em outras cidades europeias, como é caso de Lisboa, com a realização de uma cerimónia simbólica comemorativa, e de Berlim, onde está agendada uma “marcha pela liberdade”.

Ao longo dos últimos seis meses, o conflito no território ucraniano deixou um rasto de destruição no país, provocou um número incerto de vítimas civis e de prisioneiros, mobilizou milhões em ajuda militar e humanitária e suscitou sanções contra Moscovo e várias mudanças no cenário geoestratégico mundial.

A ONU já confirmou a morte de mais de 5.500 civis, mas continua a alertar que o número será consideravelmente superior.

No campo dos prejuízos e da destruição de infraestruturas, a Escola de Economia de Kiev (KSE) anteviu recentemente que as perdas causadas pela guerra poderão rondar os 113.500 milhões de dólares (mais de 114.000 milhões de euros, ao câmbio atual).