UE e NATO apoiam luta pela independência “o tempo que for preciso”
Guerra Ucrânia
24 de ago. de 2022, 09:56
— Lusa/AO Online
No dia em que se celebra o Dia da
Independência da Ucrânia e se assinalam simultaneamente seis meses desde
o início da invasão lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, a
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reafirmou o
compromisso da UE com a luta que está a ser travada pelos ucranianos
para defender o seu país.“Caros cidadãos
da Ucrânia, nunca poderemos igualar os sacrifícios que estão a fazer
todos os dias. Mas podemos e vamos estar ao vosso lado. A UE tem estado
convosco nesta luta desde o início. E estaremos ao vosso lado durante o
tempo que for preciso”, escreveu a presidente do executivo comunitário
na sua conta oficial na rede social Twitter.A
líder do executivo comunitário já assinalara a data à passagem da
meia-noite, publicando uma fotografia do edifício-sede da Comissão
Europeia, em Bruxelas, iluminado com as cores da bandeira ucraniana,
azul e amarelo.“Esta noite, a Comissão
Europeia ‘veste-se’ de amarelo e azul, para mostrar o nosso apoio à
Ucrânia. Orgulhamo-nos de estar com os nossos amigos ucranianos na sua
luta por um futuro livre, independente e europeu”, escreveu.Também
a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recorreu à sua
conta oficial na rede social Twitter para assinalar o Dia da
Independência da Ucrânia, que, sublinhou, “este ano tem um significado
mais poderoso do que nunca”, já que os “bravos e fortes cidadãos da
Ucrânia estão a lutar pelas suas vidas, pelas suas famílias, pelo seu
país, pelos seus valores, escolhas, liberdade e pela sua independência”.“A UE estará sempre ao lado da Ucrânia. O nosso apoio não vai parar aqui”, assegurou.O
Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), o corpo diplomático da UE, cuja
sede também foi iluminada na madrugada de hoje com as cores azul e
amarela, assinalou o Dia da Independência da Ucrânia e prestou homenagem
ao combate do povo ucraniano face à agressão militar russa, antecipando
que "o destino vai sorrir" à Ucrânia e à Europa.“Felicitamos
os ucranianos que assinalam o seu Dia da Independência enquanto
defendem e lutam por ela. Estaremos sempre ao lado da Ucrânia e da
Liberdade. Slava Ukraini”, lê-se numa publicação na conta oficial no
Twitter do SEAE, dirigido pelo Alto Representante Josep Borrell. Na
mesma linha, o secretário-geral da NATO, organização transatlântica
cujo ‘quartel-general’ também está instalado em Bruxelas, prestou
igualmente tributo à luta do povo ucraniano, garantindo igualmente a
Kiev que pode continuar a contar com o apoio da Aliança Atlântica “o
tempo que for preciso”.“No Dia da
Independência da Ucrânia, presto homenagem às corajosas mulheres e
homens ucranianos que lutam pela sua liberdade e pelo seu país. A NATO
tem apoiado a Ucrânia desde a sua independência e podem continuar a
contar com a NATO durante o tempo que for preciso. A Ucrânia vai
prevalecer!”, escreveu Jens Stoltenberg, numa mensagem publicada na rede
social Twitter.A Ucrânia comemora hoje o
Dia da Independência, na mesma data em que se cumprem seis meses da
ofensiva militar da Rússia contra o país, iniciada em 24 de fevereiro.A
data, que comemora este ano o 31.º aniversário da independência da
Ucrânia - declarada em 24 de agosto de 1991, pouco antes da dissolução
formal da União Soviética, de que fazia parte -, é assinalada com
restrições e medidas adicionais de segurança um pouco por todo o país,
devido ao receio de mais ataques russos numa semana de forte simbolismo.A
efeméride será também assinalada em outras cidades europeias, como é
caso de Lisboa, com a realização de uma cerimónia simbólica
comemorativa, e de Berlim, onde está agendada uma “marcha pela
liberdade”.Ao longo dos últimos seis
meses, o conflito no território ucraniano deixou um rasto de destruição
no país, provocou um número incerto de vítimas civis e de prisioneiros,
mobilizou milhões em ajuda militar e humanitária e suscitou sanções
contra Moscovo e várias mudanças no cenário geoestratégico mundial.A ONU já confirmou a morte de mais de 5.500 civis, mas continua a alertar que o número será consideravelmente superior.No
campo dos prejuízos e da destruição de infraestruturas, a Escola de
Economia de Kiev (KSE) anteviu recentemente que as perdas causadas pela
guerra poderão rondar os 113.500 milhões de dólares (mais de 114.000
milhões de euros, ao câmbio atual).